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Hackers russos invadem servidores do Comitê Democrata e roubam dados de Trump

Os invasores também acessaram os servidores de Hillary Clinton e do próprio magnata republicano

Donald Trump(John Minchillo/AP)
Donald Trump(John Minchillo/AP)

Hackers russos invadiram servidores do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) e tiveram acesso à base de dados sobre o virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Os hackers conseguiram acessar todo o sistema do Comitê e ler as trocas de e-mail e mensagens de representantes do órgão, revelaram funcionários do Partido Democrata nesta terça-feira.

Segundo o jornal The Washington Post, o DNC não foi o único alvo dos hackers russos, que também invadiram os servidores da pré-candidata democrata, Hillary Clinton, do próprio Trump, e também computadores de alguns comitês de ação política republicanos, apesar de não haver detalhes sobre o fato. Funcionários do DNC indicaram que os invasores tiveram acesso aos sistemas do órgão durante aproximadamente um ano, mas foram expulsos da rede no último final de semana e que, em nenhum momento, acessaram informações financeiras ou pessoais de doadores de campanha.

 

As invasões demonstram o interesse da Rússia no sistema político americano e nos pontos fracos dos potenciais líderes. “É o trabalho de todos os serviços de inteligência obter informação sobre seus adversários”, afirmou Shawn Henry, presidente da CrowdStrike, empresa especializada contratada para analisar o ocorrido no DNC, e ex-chefe da divisão cibernética do FBI.

A Rússia, no entanto, negou envolvimento com a invasão. “Eu descarto por completo a possibilidade de o governo [russo] ou os órgãos governamentais estarem envolvidos nisso”, afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, à agência de notícias Reuters em Moscou. Dois grupos separados conseguiram entrar no sistema do Comitê e ler e-mails e transcrições de chats, de acordo com o Comitê e a CrowdStrike.

Hackers pró-Rússia assumiram a responsabilidade pelo ataque ao site de Angela Merkel em janeiro de 2015. Em dezembro do mesmo ano, a Turquia elevou a segurança online após uma série de ataques cibernéticos que tinham como alvo sites do governo e de bancos. Na época, a imprensa turca relacionava o movimento aos russos uma resposta à derrubada de um avião russo perto da fronteira com a Síria.

(Da redação)

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