Para Guth, “as vias locais são absolutamente urbanas, com muito uso de modais de deslocamento, deixando as pessoas em altíssima vulnerabilidade nessas vias”. “Deixaram de ser vias expressas há muitas décadas e não podem mais ser consideradas como minirrodovias.” Ainda segundo Guth, o “desenho” dessas vias já induz o motorista a altas velocidades, o que causa insegurança a pedestres e ciclistas. “Não adianta investir em campanhas e sinalização viária, se a velocidade continua alta. Não há indústria da multa, mas sim uma política de preservação da vida”, diz.
Doria vai retomar a velocidade nas Marginais que o atual prefeito Fernando Haddad (PT) reduziu. A proposta prevê que a pista expressa voltará para 90 km/h no lugar dos atuais 70 km/h, as pistas centrais passariam de 60 km/h para 70 km/h e as locais voltariam de 50 km/h para 60 km/h. Nas locais, entretanto, uma das faixas, a da direita, continuará a 50 km/h. A gestão Haddad diz que a redução da velocidade diminuiu os acidentes na capital
Na Freguesia do Ó, o grupo contou a circulação de 643 ciclistas e 631 pedestres no período entre 6 e 20 horas. O principal fluxo é da Avenida Inajar de Souza, na zona norte, na direção da Lapa, na zona oeste, por meio da alça de acesso. Nos horários mais movimentados (entre 6h e 7h, 7h e 8h e 18h e 19h), a média foi de 130 pedestres por hora e até 89 ciclistas (às 18h) no trecho. Já na Marginal do Pinheiros o número de pedestres é bem maior – o grupo contou ao menos 19,1 mil pessoas circulando – o ponto escolhido é a entrada de uma estação de metrô, com muita movimentação. Já o número de ciclistas é menor: 159 em todo o dia analisado.