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Governo não deveria ter interrompido auxílio emergencial, diz Mourão

Vice-presidente afirmou que Executivo deveria ter entendido que pandemia ‘não iria terminar em 31 de dezembro’

Auxílio emergencial: programas de manutenção de emprego com redução de salário e jornada e linhas de financiamento para pequenas e micro empresas, que funcionaram em 2020, também foram suspensos (Adriano Machado/Reuters)

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nessa sexta-feira que o governo federal falhou na comunicação sobre a pandemia, ao não convencer as pessoas da gravidade da doença, e ao ter encerrado o auxílio emergencial e outros programas em dezembro, o que, na avaliação dele, prejudicou a economia.

Tínhamos que ter tido uma comunicação mais eficiente de modo que a população entendesse a gravidade da doença. Ao mesmo tempo a curva da economia, as linhas de crédito abertas, o auxílio emergencial que foi pago, deveriam ter sido prolongados. Nós tínhamos que ter entendido que a pandemia ia prosseguir e não ia terminar em 31 de dezembro”, disse o vice-presidente em entrevista à Rádio Gaúcha.

O governo federal voltou a pagar o auxílio emergencial este mês, em quatro novas parcelas de 250 reais. No entanto, além do valor menor – o anterior começou em 600 reais e, depois, foi prorrogado por três meses para 300 reais -, houve um intervalo de três meses entre o pagamento do anterior e o novo auxílio.

Programas de manutenção de emprego com redução de salário e jornada e linhas de financiamento para pequenas e micro empresas, que funcionaram em 2020, também foram suspensos. Novos projetos já foram preparados, mas ainda não foram aprovados pelo Congresso.

Perguntado sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, que não usa máscaras e, desde o início da epidemia nunca se preocupou em evitar aglomerações, Mourão não quis responder.

“Eu sou vice-presidente. Não compete a mim tecer esse tipo de crítica, para mim é deslealdade. O que tiver que falar a respeito eu falo intramuros”, disse.

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