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Governo federal enviará 36 médicos para atender venezuelanos em Roraima

Profissionais de saúde farão mutirões em nove abrigos de Boa Vista e Pacaraima e trabalharão de forma voluntária; em evento, presidente Michel Temer disse que fechamento de fronteira com a Venezuela é ‘incogitável’

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou neste sábado, 25, o envio de uma missão médico-humanitária para Roraima em evento na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao MEC, o governo federal irá mandar ao Estado 36 profissionais de saúde de hospitais universitários.

Os profissionais farão um mutirão em nove abrigos – oito em Boa Vista, capital do Estado, e um no município de Pacaraima -, entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro. Todos os profissionais participam da missão como voluntários. Em Boa Vista, as ações serão voltadas aos imigrantes venezuelanos que ocupam abrigos. Já em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, o foco será a vacinação dos imigrantes que chegam ao País.

Durante a cerimônia, Temer voltou a dizer que as fronteiras brasileiras continuarão abertas em Roraima, apesar dos pedidos de parlamentares e da governadora do Estado, Suely Campos (PP), para que o governo bloqueie o fluxo migratório de venezuelanos para o País.

Venezuelan migrants walk along the Ecuadorean highway to Peru before new rules requiring they hold a valid passport kick in, at Tulcan, Ecuador August 21, 2018. REUTERS/Andres Rojas

Temer disse que fechar as fronteiras em Roraima é algo “incogitável” pelo Palácio do Planalto porque seria um “ato desumano”. Além disso, segundo ele, contrariaria os compromissos feitos pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU). “Temos feito o possível para atender a compromissos de natureza internacional”, disse.

“Vez ou outra há uma sugestão, até pleiteada judicialmente, no sentido de fechar nossas fronteiras. Eu, desde o primeiro momento, disse que é incogitável e inegociável essa matéria. Nós não temos como fechar as fronteiras de nosso país sob pena de praticar um ato desumano em relação aos que vêm procurar abrigo no nosso país. Nossas fronteiras estão abertas, mas, é claro, disciplinadamente”, disse.

Temer também reafirmou que as medidas tomadas pelo governo visam a garantir atendimento não apenas para os venezuelanos, mas também para os brasileiros que moram nas cidades afetadas. Ele destacou, mais uma vez, que este é um dos maiores fluxos migratórios registrados pelo governo brasileiro. Segundo as estatísticas oficiais, 127 mil venezuelanos já entraram no País, mas 60% deles usaram o Brasil como passagem e seguiram para países vizinhos.

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