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Governo faz mudanças no edital do trem de alta velocidade (TAV)

Após duas semanas de protestos em todo o país, com especial foco nos transportes terrestres, o governo saiu ontem em defesa do trem de alta velocidade (TAV) para ligar as capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro e ainda prepara mudanças para manter o apetite de investidores estrangeiros pelo projeto. Às vésperas da divulgação do edital da primeira fase da licitação do TAV, a expectativa do mercado confirmada por autoridades é de que a taxa de retorno do investimento seja reajustada para 8% a 8,5%.

“Não existe plano B para o estrangulamento do transporte aéreo entre as duas maiores cidades do país. A solução virá pelo TAV”, afirmou hoje o presidente da Empresa de Projetos e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele também informou que serão retiradas do edital o indicador de ganho de infraestrutura, “para deixar a competição mais clara e mais segura”. Ele rechaçou previsões que apontam o custo do projeto na casa de R$ 50 bilhões.

O projeto do TAV, maior projeto de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com orçamento de R$ 26 bilhões, é dividido em duas etapas. A primeira tem leilão marcado para 13 de agosto, no qual será definida a empresa que fornecerá os equipamentos e será responsável pela operação do sistema.

Uma novidade a ser definida pelo governo nos próximos dias envolve a fase seguinte e última, sem cronograma fixado, para contratar a construtora da linha e das estações. Figueiredo avisou que a EPL está contratando uma consultoria para desenvolver um plano de aproveitamento econômico dos imóveis das estações e entorno. Os empreendimentos e os locais estão combinados com as prefeituras de São Paulo, Rio, Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).

Antes, a ideia seria licitar os consórcios construtores para 511 quilômetros e estações. Agora, a tendência é fatiar o trajeto em segmentos com foco nos negócios, a exemplo do projeto Porto Maravilha, tocado pela prefeitura carioca. “Isso nos dá um colchão de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões”, ressalta Figueiredo. Ele acha que esses números reforçam a perspectiva de rentabilidade para os cofres públicos, que participa como sócio nas empresas de propósito específico.

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