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Feliciano desiste de acordo com PT e de ser vice de Direitos Humanos

Pressionado pela bancada evangélica, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) recuou nesta quarta-feira (11) da articulação de um acordo com o PT para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

O acerto preliminar previa que Feliciano ficasse com uma das vice-presidências do colegiado e a outra fosse entregue ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Parte dos parlamentares evangélicos ficou irritada com a possibilidade de ter que dividir a direção da comissão com Wyllys, adversário político de Feliciano e defensor da causa LGBT.

“O PT, através de alguns interlocutores, tentou sem sucesso um acordo. Ventilaram meu nome e o nome de outro parlamentar, me perguntaram o que eu pensava e minha resposta foi: ‘De minha parte não haveria problema algum, estou à disposição da Frente Parlamentar Evangélica. Sou e sempre serei um homem de diálogo’”, disse Feliciano em sua página no Facebook.

Ele acrescentou ainda que, “regimentalmente, não há possibilidade da composição desta mesa divulgada pela imprensa. Somente parlamentares do bloco do PT pode ser indicados para as vice-presidências”. E completou: “Nem eu nem o outro deputado, portanto, poderíamos nos candidatar a cargo algum, pois, pelo acordo de líderes e pelo regimento, apenas os partidos dos blocos podem ser contemplados com a presidência e as vices”.

O PT articulava a negociação com o objetivo de garantir que os evangélicos, maioria dos 18 membros do colegiado, votassem no candidato oficial do partido à presidência da comissão, Paulo Pimenta (PT-RS) – o PT tem a prerrogativa de indicar o presidente devido a um acordo entre os líderes dos partidos na distribuição dos comandos das comissões permanentes da Casa.

O impasse vem desde a semana passada, quando o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), que é pastor da Assembleia de Deus, chegou a apresentar candidatura avulsa. A sessão foi encerrada por falta de acordo, uma vez que havia o risco de rebelião entre os evangélicos para não eleger Pimenta.

Embora mantivesse a sua posição, Cavalcante acabou barrado pelo próprio partido dias depois, que preferiu respeitar o acordo partidário e o colocou como suplente na comissão – pelo regimento interno da Câmara, apenas titulares podem disputar a presidência da comissão.

Cavalcante, então, procurou um titular que pudesse ceder o lugar a ele. As conversas avançaram com o deputado Anderson Ferreira (PR-PE), mas ele acabou retirado da comissão pelo próprio partido, integrante do bloco liderado pelo PT.

A eleição de presidente e vices, então, foi remarcada para esta quarta-feira (11), mas precisou ser suspensa devido à sessão do Congresso destinada à análise de vetos presidenciais. A votação na comissão foi remarcada para esta quinta-feira (12).

Fonte: G1

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