No mês de abril, o Índice de Gerentes de Compras apurado pelo IHS Markit caiu a 52,3 de 53,4 em março
São Paulo – A indústria brasileira perdeu força no início do segundo trimestre e registrou o ritmo mais fraco de expansão em três meses em meio ao enfraquecimento dos novos pedidos, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
No mês de abril, o PMI apurado pelo IHS Markit caiu a 52,3 de 53,4 em março. Apesar da perda de força, o indicador permanece pelo nono mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
A diversificação de produtos e melhora da demanda as vendas mantiveram o ritmo de recuperação, mas o crescimento foi contido em abril pelas condições difíceis do mercado e pelo nível elevado de desemprego no país.
Diante disso, o volume de novos pedidos registrados em abril pelo setor industrial registrou o ritmo mais fraco de expansão desde janeiro.
O aumento das vendas foi sustentado pela melhora da demanda dos mercados externos, com a depreciação do real ajudando no movimento.
Por outro lado, o enfraquecimeto da moeda levou os materiais importados a ficarem mais caros para os fabricantes brasileiros, e o aumento dos preços dos insumos, o mais forte em quatro meses, foi impulsionado ainda pelas contas de energias e de seguros.
Mesmo assim empresas ofereceram descontos devido às pressões competitivas, o que compensou o repasse aos clientes das cartas de custos e levou a taxa de inflação dos preços de vendas para o nível mais fraco desde outubro.
Apesar da desaceleração do crescimento em abril, o IHS Markit destacou que os empresários do setor industrial permaneceram otimistas em relação ao futuro, com expectativas de estabilidade política, planos de investimentos e oportunidades para exportação.