A revelação ocorre poucas semanas depois que a ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel disse que o acordo de paz firmado na capital de Belarus em fevereiro de 2015 foi uma artimanha usada para ganhar tempo com o objetivo de reforçar as Forças Armadas da Ucrânia.
O ex-presidente francês, que deixou o cargo em 2017 com o índice de aprovação mais baixo da história recente, admitiu que enquanto os Acordos de Minsk estavam funcionando, a Rússia estava cumprindo suas obrigações como país garante.
“A cada mês, [o ex-presidente ucraniano] Petr Poroshenko, Angela Merkel, Vladimir Putin e eu tínhamos longas conversas telefônicas nas quais trocávamos informações sobre o progresso dos protocolos de Minsk. Mesmo se víamos que havia uma óbvia falta de vontade, mesmo assim havia um diálogo”, através do Formato da Normandia, disse Hollande.
Os comentários de Hollande são a terceira confirmação (após Poroshenko e Merkel) feita em dois meses por um alto funcionário envolvido nas negociações de Minsk de que o Ocidente e seu Estado cliente da Ucrânia nunca foram sérios sobre a implementação dos acordos de paz.