Até agora, Washington tem se mantido em silêncio relativamente ao fornecimento a Kiev de caças F-16 ou à autorização para outros países reexportarem esses aviões de guerra dos EUA à Ucrânia.
A Lockheed Martin, a maior empresa de defesa dos EUA, expressou prontidão para impulsionar a produção de caças F-16, já que alguns dos aliados da Ucrânia consideram entregar esses jatos monomotores, que foram introduzidos no serviço pela primeira vez em 1978, a Kiev.
O diretor de operações da empresa aeroespacial norte-americana Frank St. John disse ao jornal Financial Times que houve “muita conversação sobre a transferência dos F-16 de [países] terceiros”.
A mídia britânica recordou nesse sentido que a Lockheed Martin não está diretamente envolvida em negociações relativas ao potencial fornecimento de caças F-16 à Ucrânia.
Em uma aparente alusão ao conflito ucraniano, St. John acrescentou que a Lockheed Martin “elevaria a produção dos F-16 em Greenville [Carolina do Sul] para chegar ao ponto em que seremos capazes de reabastecer de forma bastante competente qualquer país que opte por fazer transferências de terceiros para ajudar com o conflito atual”.
O jornal também citou um funcionário anônimo da Defesa dos EUA, que disse que, “junto com nossos aliados e parceiros internacionais [de Washington], estamos em contato regular com os ucranianos sobre suas necessidades e solicitações”. O funcionário, no entanto, ressaltou que “neste momento não temos nada a anunciar sobre os F-16”.
Nesta quarta-feira (25), o chanceler alemão Olaf Scholz autorizou a entrega de 14 tanques de batalha alemães Leopard 2 para a Ucrânia, no que foi seguido pelo presidente dos EUA Joe Biden, que anunciou o fornecimento de 31 tanques M1 Abrams a Kiev.