A revista Newsweek relata que os EUA e seus aliados da OTAN estão apoiando a Ucrânia devido às suas grandes reservas de titânio, metal importante para o desenvolvimento das tecnologias militares.
A mídia observa que o metal, destacado por sua leveza e resistência, é usado amplamente na produção de caças, helicópteros, mísseis, tanques e navios.
Além disso, a Newsweek afirma que os avanços no setor militar constituirão a base para a dissuasão da Rússia e da China.
Se a Ucrânia vencer o conflito com a Rússia, Washington e seus aliados “estarão na primeira posição para desenvolver uma nova exploração de titânio”, enquanto que, se Moscou vencer, “aumentará sua influência sobre um recurso cada vez mais estratégico”, destaca a mídia.
A Ucrânia é um dos sete países que produzem esponja de titânio, a base para a fabricação de placas de titânio. A Rússia e a China também fazem parte do seleto grupo.
De acordo com o Departamento do Interior dos EUA, o titânio está entre os 35 minerais de grande importância para a economia e segurança nacional do país.
No entanto, Washington importa mais de 90% deste mineral. Devido à importância do recurso, os países ocidentais não impuseram sanções contra a importação de titânio a partir da Rússia.
Uma fonte da indústria de defesa dos EUA afirmou à Newsweek que esta é uma alternativa aos recursos russos e chineses, e que pode elevar a capacidade de produção de aeronaves e munições dos americanos, pois são setores que dependem do titânio.
“A Ucrânia tem depósitos realmente significativos de minerais de terras raras […] Se jogarmos bem nossas cartas, esta poderia ser uma alternativa realmente atrativa aos recursos russos e chineses”, afirmou um funcionário do Congresso norte-americano, citado pela revista.
Além disso, o funcionário enfatizou que seguir apoiando a Ucrânia é do “interesse dos EUA”.