Estudo feito por cientistas japoneses traz perspectiva interessante sobre a sobrevivência de micro-organismos no espaço
Uma bactéria terrestre foi capaz de sobreviver três anos no espaço, de acordo com um estudo da Universidade de Tóquio, no Japão, e da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA). A descoberta pode indicar que é possível que micro-organismos viajem de um planeta para o outro e sobrevivam às intensas viagens.
De acordo com os pesquisadores, isso pode indicar que os micro-organismos serão capazes de fazer uma viagem longa até Marte antes de os humanos pisarem no planeta vermelho, garantindo uma maior segurança.
Para saber se isso era possível, os pesquisadores colocaram amostras da bactéria Deinococcus radiodurans (a mais resistente conhecida segundo o Guinness Book) no espaço e as deixaram por lá por três anos, sendo expostas a fortes raios ultravioletas, em temperaturas que flutuavam entre 29 graus e -42 graus Celsius negativos. Algumas das bactérias conseguiram até se multiplicar durante a viagem de volta à Terra.
A ideia dos cientistas era confirmar a hipótese de Panspermia, que consiste na ideia de uma transferência de vida interplanetária.
“Eu sabia que a bactéria sobreviveria, após vários estudos de laboratório, mas quando voltou com vida, me senti aliviado”, disse o autor do estudo, Akihiko Yamagishi, professor emérito da Universidade de Farmácia e Ciências da Vida de Tóquio, à agência de notícias AFP. “Todo mundo acredita que a origem da vida se encontra na Terra, mas novas descobertas indicam que a vida também pode ter começado em outros planetas”, acrescentou o professor.