O gás de cozinha e os combustíveis viraram uma dor de cabeça dos brasileiros desde que sucessivos reajustes nos preços desses insumos energéticos despontaram nas contas cotidianas.
“O plano era de privatizar a Petrobras. Duas refinarias foram privatizadas, mas elas podem ser reestatizadas em um próximo governo. Os custos de exploração da Petrobras são baixos, e é possível que ela abasteça todo o mercado nacional. A Petrobras não tem monopólio no Brasil, que foi retirado pela Lei do Petróleo durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997. A questão é que as companhias privadas não se interessaram em refinar o petróleo”, explicou Coutinho à Sputnik Brasil.
O PPI fez com que a Petrobras perdesse 30% do mercado nacional, que foi ocupado pelo combustível dos Estados Unidos. Nossas refinarias competem com as do golfo do México. A atual política de preços da Petrobras beneficia apenas a cadeia dos importadores de combustível”, aponta.
“O livre mercado como solução dos preços é um paradoxo. Quando os preços são mais baixos, a Petrobras tem plena capacidade de abastecer o mercado interno por completo, e tendo alta lucratividade, o que é melhor, em termos econômicos e políticos, para o Brasil. Desde a fundação da Petrobras o PPI nunca tinha sido praticado. Caso seja necessária, a importação é residual, porque somos autossuficientes em produção de petróleo, diesel e gasolina. Não faz sentido algum praticar essa política de preços em um país cuja capacidade de refino está só com a Petrobras. Com a revogação do PPI, a tendência natural é que você recupere o parque de refino. A própria Comperj refinaria, já que os equipamentos necessários estão lá”, finaliza o engenheiro.