As tropas iraquianas entraram nesta segunda-feira por três frentes em Falluja, um reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI), 50 km ao oeste de Bagdá, informaram comandantes militares.
“As forças iraquianas entraram em Falluja com a cobertura aérea da coalizão internacional, da força aérea iraquiana e da aviação do exército, além do apoio da artilharia e de tanques”, disse o comandante Abdelwahab al-Saadi, que está à frente da operação. “As forças do Serviço Antiterrorismo (CTS), da polícia (da província) de Al-Anbar e do exército iraquiano começaram a entrar em Falluja às 4h (22h de Brasília, domingo), a partir de três posições”, completou.
O envolvimento das forças de elite antiterroristas marca o início da fase urbana da ofensiva. Ao longo da semana, as tropas iraquianas intensificaram o cerco da cidade, assumindo o controle dos vilarejos e das zonas rurais próximas.
Apenas alguns civis conseguiram fugir durante o cerco. A ONU calcula que 50.000 pessoas permanecem na cidade, sem acesso a alimentos, água potável e medicamentos.
O EI, que em junho de 2014 proclamou um “califado” entre o Iraque e a Síria, controla três grandes cidades: Falluja e Mossul no Iraque e Raqqa na Síria, proclamada “capital” do califado.
Retaliação – Pelo menos treze pessoas foram mortas nesta segunda-feira e dezenas ficaram feridas em dois ataques em bairros de maioria xiita de Bagdá, capital do Iraque, reportou a rede britânica BBC. Os ataques foram reivindicados pelos terroristas do EI em resposta à ofensiva iraquiana em Falluja.
A explosão de um carro-bomba estacionado próximo a um mercado popular no bairro de Al Shaab, no nordeste da cidade, deixou onze mortos e 22 ficaram feridos e destruiu várias lojas. No distrito de Cidade de Sadr, no leste da capital, duas pessoas morreram após a detonação dos explosivos em uma moto perto de uma loja.
(Com AFP)