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Em CPI, Eike se diz alvo de mentiras e nega ter se beneficiado do dinheiro público

Ele foi condenado, em primeira instância, a 30 anos de prisão pela Lava Jato

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta terça-feira (6), Eike Batista disse que é alvo de fake news e nega ter se beneficiado de dinheiro público. Essa foi a terceira vez que o empresário respondeu a questionamentos de parlamentares na Câmara dos Deputados.

O executivo, que chegou a ficar três meses preso, alegou que o BNDES emprestou às empresas dele entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões, de um total de R$ 190 milhões que investiu via capital pessoal ou captações externas.

Em determinado momento do depoimento, se disse ressentido com o ex-presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, que não confirmou a quitação de dívidas de Eike quando foi à CPI.

Para o empresário, houve um movimento para incriminá-lo. “Usaram meu exemplo do BNDES, onde estava tudo 100%, como eu já falei, garantias, risco zero para o banco, para tirar a atenção da real caixa preta do banco. É muito fácil, né, hoje, quando a gente olha de hoje para trás, essa é a única conclusão à qual eu posso chegar. ‘Presta atenção no Eike Batista, está sempre exposto na mídia, é fácil, joga para cima dele’. E estava tudo certo”, disse.

O executivo disse ter orgulho de ter preservado 20 empregos às custas do patrimônio pessoal e afirmou, ainda, que as empreiteiras o quebraram, sendo ele o injustiçado nos processos dos quais é alvo.

No ano passado, Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão por pagar propinas ao ex-governador Sérgio Cabral, crime descoberto pela pela Operação Lava Jato do Rio de Janeiro. Se a sentença for confirmada em segunda instância, Eike pode voltar para a cadeia.

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