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Dólar opera em alta, negociado acima de R$ 5,50

Nesta terça-feira (5), a moeda norte-americana subiu 0,72%, vendida a 5,4840.

Nota de US$ 5 dólares — Foto: REUTERS/Thomas White

O dólar opera novamente com valorização frente ao real nesta quarta-feira (6), após ter atingido na véspera o nível mais alto desde abril.

Às 13h37, a moeda norte-americana subia 0,76%, cotada a R$ 5,5256. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,5251. Já o dólar turismo era negociado no patamar de R$ 5,72 o papel moeda, chegando a superar R$ 6 nas compras por meio de cartão pré-pago. Veja mais cotações.

Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,72%, a R$ 5,4840 – nível mais alto desde 23 de abril (R$ 5,4967). Com o resultado, passou a acumular alta de 0,70% no mês e de 5,72% no ano.

Cenário

No exterior, permanecem as preocupações com a desaceleração da economia chinesa e a alta nos preços do petróleo e do gás intensifica temores de que a inflação mais alta possa prejudicar o crescimento econômico.

O salto nos preços de energia elevava temores de persistência da inflação elevada nas economias avançadas, o que poderia levar os principais bancos centrais a apertarem sua política monetária antes do esperado de forma a segurar a pressão. Isso, por sua vez, reduziria o diferencial de juros entre países desenvolvidos e emergentes, o que tenderia a beneficiar o dólar.

Além do clima já azedo no exterior, dados desta quarta-feira mostraram que as vendas no varejo brasileiro tiveram queda de 3,1% em agosto na comparação com julho e recuaram 4,1% sobre um ano antes, resultado bem pior do que o esperado.

Em Brasília, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) divulgou nesta terça-feira seu relatório para a reforma tributária. O texto cria um imposto dual, reunindo de um lado os impostos federais e, de outro, os tributos estaduais e municipais. A proposta prevê também o Imposto Seletivo (IS) em substituição ao IPI e que incidiria em itens selecionados, como cigarros e bebidas alcoólicas. Entenda o que pode mudar.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) defendeu uma mudança na forma de cálculo de cobrança do ICMS sobre combustíveis numa tentativa para reduzir o preço da gasolina e do diesel. A proposta leva em consideração o valor médio dos combustíveis nos dois anos anteriores, o que deverá resultar em perda de receita para os estados.

Já a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que ele preste informações sobre movimentações financeiras no exterior por meio de uma empresa offshore.

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