O Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 11,33% em outubro
Brasília – A dívida pública federal do Brasil caiu 0,84% em outubro sobre setembro, a 4,121 trilhões de reais, num mês marcado por resgates líquidos e pelo recuo do dólar frente ao real, divulgou o Tesouro Nacional nesta terça-feira.
Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida entre 4,1 trilhões a 4,3 trilhões de reais.
A dívida pública mobiliária interna avançou 0,68% no mês, a 3,966 trilhões de reais, diante do resgate líquido de 51,57 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 24,41 bilhões de reais.
Já a dívida externa teve redução de 4,79%, encerrando o mês em 154,71 bilhões de reais.
Em outubro, o dólar caiu 3,52% sobre o fechamento de setembro num movimento embalado, entre outros fatores, pela esperança de robustos ingressos de capital por ocasião do leilão de petróleo da cessão onerosa, marcado para o início de novembro.
A perspectiva, no entanto, acabou sendo frustrada em meio à falta de interesse de grandes operadoras internacionais no certame, o que contribuiu para a alta da moeda norte-americana que tem sido vista em novembro.
Mais cedo neste mês, o Tesouro emitiu 3 bilhões de dólares no mercado externo com duas operações: o lançamento do novo título Global 2050, com o qual levantou aproximadamente 2,5 bilhões de dólares, e a reabertura do Global 2029, no valor de 500 milhões de dólares.
Composição da dívida
Em outubro, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida, a 39,38% do total, acima do patamar de 38,36% em setembro. Para o ano, a meta é de 38% a 42%.
Já os títulos prefixados caíram a 30,42% da dívida, ante 31,75% no mês anterior, e uma meta de 29% a 33% para 2019.
Os papéis indexados à inflação, por sua vez, aumentaram sua representatividade a 26,27% da dívida total, ante 25,78% em setembro, sendo que a referência para este ano é de 24% a 28%.
No relatório mensal da dívida, o Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 11,33% em outubro, sobre 11,42% no mês anterior.