24.5 C
Brasília
HomeMundoDiplomatas dos EUA querem que Obama ataque regime de Assad

Diplomatas dos EUA querem que Obama ataque regime de Assad

Imprensa americana obteve memorando interno assinado por dezenas de diplomatas americanos com duras críticas à política da Casa Branca em relação à Siria

Diplomatas dos Estados Unidos protestaram nesta semana contra a política do governo de Barack Obama na Síria, e assinaram um documento interno que pede ataques militares diretos contra o regime do ditador Bashar Assad, informam nesta sexta-feira os jornais The Wall Street Journal (WSJ) e The New York Times (NYT). O memorando interno, assinado por mais de 50 diplomatas e funcionários do Departamento de Estado americano, é a mais dura crítica à política de Obama para Síria. Segundo o documento, atacar ao regime de Assad em Damasco e apressar uma mudança de regime é “a única maneira de derrotar o Estado Islâmico (EI)” e aliviar o sofrimento da população civil.

De acordo com o WSJ, o memorando é resultado de uma “crescente crítica interna” da política dos EUA de não tomar posições na guerra civil na Síria. Esta política se manteve, segundo a publicação, “apesar das repetidas acusações contra Assad de violar os acordos de cessar-fogo e dos ataques de forças sírias com apoio russo contra rebeldes treinados pelos EUA”.

 

Ainda segundo a imprensa americana, o Departamento de Defesa dos EUA identificou que a Rússia está bombardeando forças rebeldes no sul da Síria que contam com apoio americano. Os últimos ataques aéreos russos aconteceram nesta quinta no sul da Síria, perto de Al Tanf, na fronteira com a Jordânia, e foram dirigidos contra rebeldes que lutavam contra o Estado Islâmico (EI), incluindo alguns que contam com respaldo logístico, armas e treinamento dos EUA.

Os aviões russos “não estavam ativos nessa área há muito tempo”, indicou um funcionário do Departamento de Defesa que não quis se identificar, excluindo assim um possível caso de autodefesa e acrescentou que as autoridades americanas pedirão explicações para a Rússia sobre o ocorrido, além de exigir garantias de que as ações não vão se repetir.

Veja Também