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Desocupação na UnB será gradual e só deve terminar em 13 de dezembro

Manifestantes concordaram com saída pacífica, mas querem estender a retirada para garantir o cumprimento de reivindicações feitas à administração

Ao deixar a Reitoria, por volta das 17h de ontem, grupo retirou colchões, comida, roupas e limpou o local. Foto: Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press

Movimento estudantil e Reitoria selaram, ontem, o acordo que determina o prazo para o término de um dos maiores movimentos de ocupação já realizados na Universidade de Brasília (UnB). Os discentes assinaram o termo de compromisso, cujo conteúdo determina a liberação de todos os espaços da instituição de ensino superior até 13 de dezembro, data de votação, no Senado Federal, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos públicos durante 20 anos, contra a qual eles protestam.

A expectativa era que todos os edifícios da UnB fossem desocupados ontem. Durante a audiência pública no câmpus Darcy Ribeiro, porém, os discentes constataram a ausência de pautas específicas de cada curso e optaram por entregá-las posteriormente à administração superior, além de promover assembleias gerais ao longo dos próximos quatro dias. Assim, ofereceram apenas a liberação da Reitoria, do Departamento de Artes Visuais, do Bloco de Salas da Ala Sul (BSA), da Faculdade de Educação (FE) e do Instituto de Letras, que já haviam debatido o tema. A Faculdade de Ciência da Informação (FCI) foi desocupada há dois dias. Faltaram pelo menos outros oito locais.
A liberação da Reitoria, símbolo do movimento de ocupação, começou às 17h. Com mochilas, colchões e cobertores nas mãos, alguns manifestantes desciam as rampas, rumo à saída. Outros discentes arrancavam cartazes das paredes, varriam o chão e juntavam o lixo em sacos. Os 39 dias de resistência, segundo o estudante de direito Gabriel Nagaoka, 21 anos, resultaram em um legado. “O ato foi motor propulsor para o envolvimento político dos universitários e peça-chave para a obtenção de melhorias no ambiente da instituição de ensino superior.”
        Fonte: Correio Braziliense
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