Os deputados do Nordeste se reuniram na semana passada, na Câmara, em Brasília, para discutir a renegociação de dívidas dos pequenos, médios e grandes produtores rurais.
O coordenador da bancada, deputado Júlio César, afirmou que é preciso uma renegociação efetiva com condições para regularizar a situação do produtor rural, de forma a diminuir a inadimplência. Os parlamentares ainda reclamaram a retomada de obras estruturantes do Governo Federal na região.
“O produtor não paga porque não pode. Ele tem enfrentado, por anos seguidos, a estiagem e as instabilidades climáticas que tornam inviável qualquer pagamento de dívida rural.
Quando tivermos a minuta completa, vamos nos reunir com o ministro da Fazenda para mostrar as projeções e a falta de soluções, de forma que ele possa colaborar e solucionar esse problema”, argumentou o deputado Júlio César, na abertura do segundo encontro da Bancada do Nordeste.
O presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, disse que aguarda a decisão do ministério da Fazenda para discutir a negociação das dívidas dos produtores do Nordeste, e que o banco tem total interesse de solucionar esse problema que se arrasta há anos.
“O banco do Nordeste, para ser forte, precisa de um Nordeste forte. Então, temos interesse de resolver essa questão das dívidas com os produtores. Agora, aguardamos a posição do Ministério da Fazenda para solucionarmos as demandas dos deputados”, explicou o presidente do BNB.
Além da negociação da dívida dos produtores, os deputados nordestinos apontaram outros empecilhos para o desenvolvimento do Nordeste. Eles citaram, ainda, o atraso nas obras do Programa Luz para Todos, na transposição do Rio São Francisco e a conclusão da ferrovia Transnordestina.
Os parlamentares ainda pediram o fortalecimento das instituições nordestinas como o DNOCS, a SUDENE e o BNB. Muitos também abordaram, com pessimismo, a questão do ajuste fiscal do Governo Federal e o impacto dele na região.
A reunião da bancada do Nordeste contou com a participação do presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda; do secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração, Raphael Rezende Neto, e do diretor do Departamento de Gestão da Dívida Ativa da União, Luiz Roberto Beggiora.
Meio norte