O governo abriu um processo administrativo disciplinar em outubro de 2017 contra 14 servidores apontados como participantes do esquema para beneficiar o ex-senador na cadeia. Entre os atos apurados estão crime contra a administração pública e improbidade administrativa. Alguns dos servidores são acusados no processo de exigir propina ou auferir vantagem indevida e de valer-se do cargo para obter proveito indevido.
A comissão formada para apurar o caso teria 60 dias para concluir os trabalhos. No entanto, em 6 de dezembro do ano passado, dois meses depois da abertura do processo, o então subsecretário do Sistema Penitenciário, Osmar Mendonça de Souza, prorrogou o prazo para a finalização da apuração administrativa por outros 60 dias. Fez o mesmo em 5 de fevereiro, em abril e no último dia 7. A nova estimativa é de que a apuração das irregularidades seja concluída no início de agosto — se não houver outras prorrogações. Questionada sobre o andamento do processo, a Secretaria de Segurança Pública informou “que está cumprindo os trâmites legais e conta com respaldo jurídico para a apuração do caso”.
Flagra
Há 2 anos, Estevão foi acusado de pagar pela obra do bloco onde cumpre pena; agora, policiais flagaram pilhas de documentos do detento no presídio
Na ocasião, Estevão desacatou um diretor do presídio ao ser questionado sobre a presença de itens proibidos em sua cela. Entre os produtos ilegais encontrados, estavam chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e massa importada.