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Déficit externo soma US$ 2,5 bi, o menor para junho desde 2009

Apesar do dado negativo no mês, rombo nas contas externas no primeiro semestre foi quase 30 bilhões de reais menor que o do mesmo período de 2015

Apesar do resultado negativo no mês, a saída de recursos no primeiro semestre foi menor que em 2015 (Jessica Rinaldi/Reuters/VEJA)
Apesar do resultado negativo no mês, a saída de recursos no primeiro semestre foi menor que em 2015 (Jessica Rinaldi/Reuters/VEJA)

O resultado das transações correntes ficou negativo em 2,47 bilhões de dólares em junho, após superávit de 1,20 bilhão de dólares em maio. O valor é o menor para meses de junho desde 2009. A projeção do Banco Central para a conta corrente era de um saldo negativo de 1 bilhão de dólares por causa da expectativa de uma balança comercial menos robusta.

Apesar do dado negativo no mês, o rombo nas contas externas no primeiro semestre soma 8,44 bilhões de dólares, sendo que em 2015 o acumulado neste período foi de 37,88 bilhões de dólares.

O saldo de junho ficou fora do intervalo do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast com 27 instituições, que ia de um déficit de 1,80 bilhão de dólares a déficit de 100 milhões de dólares .  O BC estima que o déficit externo para 2016 seja de 15 bilhões de dólares, frente a 58,88 bilhões de dólares negativos no ano anterior.

Ainda de acordo com dados do Banco Central. a balança comercial registrou um saldo positivo de 3,75 bilhões de dólares no mês anterior, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 3,59 bilhões de dólares. A estimativa para a dívida externa brasileira estava em 332,64 bilhões de dólares em junho. Segundo o BC, o ano de 2015 terminou com uma dívida de  334,74 bilhões de dólares e o último dado verificado (março) somava 334,60 bilhões de dólares.  Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram 3,91 bilhões de dólares em junho.

A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em junho, informou o BC. No mês passado, quando o dólar recuou 11% ante o real, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de 970 milhões de dólares. O resultado é melhor que o mesmo mês de 2015, quando o déficit nessa conta era de 1,20 bilhão de dólares. No acumulado do ano, o saldo líquido dessa conta ficou negativo em 3,37 bilhões de dólares, 48% menor que o déficit de 6,99 bilhões de dólares do mesmo período do ano anterior. Para 2016, o BC estima um saldo negativo de 6,0 bilhões de dólares para esta rubrica, praticamente a metade dos 11,5 bilhõesde dólares de déficit registrados em 2015.

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de 1,39 bilhão de dólares em junho, menor do que os 2,50 milhõesde dólares que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos. No primeiro semestre, a saída líquida alcançou 7,86 bilhões de dólares,  inferior aos 9,48 bilhões de dólares registrados em igual período do ano passado. A expectativa do BC é que a esta modalidade feche o ano em de 19 bilhões de dólares.

(Com Estadão Conteúdo)

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