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De bike, 59% dos entregadores de aplicativos fogem do desemprego em SP

Chega o horário de almoço, é um corre-corre daqueles. A pressa é para atender aos pedidos que chegam pelos aplicativos. Uma pesquisa feita pela pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, a Aliança Bike, define o perfil dos entregadores ciclistas de aplicativos em São Paulo.

O levantamento mostra que o número de pessoas que começaram nessa atividade aumentou recentemente: 65% fazem entregas utilizando bicicleta há menos de 6 meses. Para 59% dos entregadores de aplicativos que usam bicicletas, o principal motivo para começarem a fazer entregas foi o desemprego.

Eles não tem folga, costumam trabalhar de segunda a segunda, 9 a 10 horas por dia. É um trabalho cansativo, que exige disposição física para atender em média nove pedidos por dia e pedalar, às vezes, 50 quilômetros. Tudo isso para ganhar cerca de R$ 900 por mês, segundo a pesquisa.

Apesar do crescente número de ciclistas entregadores, os desafios ainda são muitos para quem usa bicicleta como meio de trabalho, segundo o coordenador de projetos da Aliança Bike, Daniel Guth. “Primeiro problema principal, a falta de respeito de motoristas, enquanto eles estão trabalhando, pedalando. A falta de infraestrutura cicloviária e a falta segurança pública também.”

Para a maioria, a bicicleta é o único meio de trabalho viável economicamente: sai mais barato do que uma moto ou até mesmo um patinete. Mas mesmo com tantos problemas e desafios, tem entregador que vê na alternativa a melhor opção.

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