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Dallagnol diz ter recebido R$ 300 mil em doações para pagar indenização a Lula

Ex-procurador da Lava Jato foi condenado a pagar R$ 75 mil de indenização ao ex-presidente por danos morais

Deltan Dallagnol diz que recebeu Pix de apoiadores para indenizar Lula
AGÊNCIA BRASIL

O ex-procurador Deltan Dallagnol afirmou que já recebeu mais de R$ 300 mil em doações para ajudá-lo no pagamento da indenização de R$ 75 mil ao ex-presidente Lula (PT). “Não para de entrar Pix”, disse ele em vídeo publicado nesta quinta-feira (24) nas redes sociais.

Dallagnol mostrou ainda uma lista de valores recebidos em um período de 24 horas. “Não tenho palavras para o carinho, a solidariedade e o senso de justiça desse gesto”, escreveu. Segundo ele, tudo o que exceder o valor da indenização será destinado ao tratamento de crianças com câncer e autismo.

O ex-coordenador da Lava Jato no Paraná foi condenado pela Quarta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) por conta de uma apresentação de slides feita à imprensa durante uma das fases da operação, em que Dallagnol apontou o petista como comandante do esquema criminoso de desvio de dinheiro na Petrobras no caso do triplex.

Um dos slides apresentados por Dallagnol sobre Lula
Um dos slides apresentados por Dallagnol sobre Lula PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS – 14.9.2016

A Corte acolheu uma ação movida pelo petista por danos morais e abuso de autoridade. Lula pediu indenização de R$ 1 milhão em razão de uma exposição feita sobre acusações contra ele. O valor da indenização, entretanto, foi fixado em R$ 75 mil que, corrigidos, devem girar em torno de R$ 100 mil.

Na ocasião, Dallagnol usou um PowerPoint para detalhar o caso em que Lula foi acusado de receber um triplex no Guarujá em forma de propina e apontou o político como chefe de um esquema de corrupção. Lula chegou a ser condenado em primeira e em segunda instâncias pelo caso, ficou preso por 580 dias e teve recursos rejeitados no STJ.

No entanto, as condenações foram anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que entendeu que o juiz do caso, Sergio Moro, não atuou de maneira imparcial e que a Justiça Federal do Paraná não era foro competente para julgar as acusações contra Lula.

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