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Dados para registrar vacina devem ser entregues até 15 de janeiro, diz Fiocruz

Após ser aprovada no Reino Unido, a AstraZeneca disse que manterá o processo de submissão contínua para pedido de registro da vacina no Brasil

(Dado Ruvic/Reuters)

A AstraZeneca disse em nota nesta quarta-feira, 30, que manterá o processo de submissão contínua para pedido de registro de sua vacina contra a covid-19 no Brasil após o imunizante obter aprovação no Reino Unido. A vacina é a principal aposta do governo brasileiro para uma campanha nacional de imunização.

Em nota, a companhia disse ainda que trabalhará “de forma transparente e eficiente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para levar nossa vacina à população brasileira o mais rápido possível”.

A Anvisa estabeleceu um procedimento para autorizar o uso emergencial de vacina contra a covid-19 com o prazo de 10 dias para a análise, mas esta modalidade não foi citada pelo comunicado divulgado pela AstraZeneca, que tem acordo de fornecimento de doses com o governo brasileiro e para futura produção local da vacina pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em um evento na manhã desta quarta-feira, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que todos os documentos devem ser entregues à Anvisa até o dia 15 de janeiro.

“O nosso registro já está sendo submetido om a perspectiva de entrega final de documentos até a data de meados de janeiro, de 15 de janeiro”, disse ela em um evento que oficializou o repasse de 20 milhões de reais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro à entidade.

Vacinação no Brasil

Em entrevista coletiva na terça-feira, 29, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que a pasta trabalha com um cronograma de vacinação que pode começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021. A data exata depende de vários fatores, como autorizações concedidas pela Anvisa e logística, por parte dos fabricantes.

“Nossa esperança é que esses processos ocorram sem óbices, com a maior agilidade possível, mas sempre primando pela segurança da população brasileira e pela eficácia da vacina”, ponderou Franco.

Segundo plano do Ministério da Saúde, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos, com a AstraZeneca, Covax Facility e Pfizer. Há ainda negociações com outros laboratórios:

  • Fiocruz/AstraZeneca: 100,4 milhões de doses até julho de 2020 e mais 30 milhões de doses por mês no segundo semestre);
  • Covax Facility: 42,5 milhões de doses;
  • Pfizer: 70 milhões de doses ainda em negociação
  • Instituto Butantan/Sinovac e farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen – solicitadas informações de preços, estimativa e cronograma de disponibilização de doses, dados científicos dos estudos de fase I, II e III.

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