18.5 C
Brasília
HomeEconomiaCrise deixa 70% das prefeituras de Minas sem dinheiro para o 13º

Crise deixa 70% das prefeituras de Minas sem dinheiro para o 13º

Segundo a Associação Mineira de Municípios, problema não foi causado por descontrole nos gastos, mas por queda das receitas

O funcionalismo de mais da metade das cidades mineiras deverá passar o Natal sem dinheiro extra do 13º salário (Istockphoto/Divulgação/Divulgação)
O funcionalismo de mais da metade das cidades mineiras deverá passar o Natal sem dinheiro extra do 13º salário (Istockphoto/Divulgação/Divulgação)

A crise nas prefeituras do país é bastante sentida em Minas Gerais. De acordo com a Associação Mineira de Municípios, cerca de 70% das administrações municipais enfrentam dificuldades para pagar o 13º salário do funcionalismo público neste ano. O problema para a maioria é a queda na receita e o aumento das despesas.

É o caso de Lavras, no sul do estado, onde os servidores deverão receber apenas parte do benefício em 2016. A previsão é de que 30% do 13º salário sejam depositados nas contas dos funcionários somente no ano que vem.

A cidade é apenas um exemplo do que ocorre também em outros municípios, alguns até com maior gravidade. “Muito servidor vai virar o ano tendo recebido apenas uma parte do benefício ou talvez até nada”, diz Antônio Andrada (PSB), prefeito de Barbacena e presidente da Associação Mineira de Municípios, que responde por 853 prefeituras.Andrada declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que tem município dividindo o 13º em duas ou três vezes ou até mesmo dizendo que não terá como efetuar o pagamento. “Muitos já estão até com o salário normal atrasado, então pagar o benefício é outro desafio”, afirmou.

Andrada alega que a culpa não é dos prefeitos. “Eles não gastaram a mais. O problema é que a receita foi caindo e as perdas se acumulando”, justifica.

Para piorar, o prefeito de Barbacena alega não existir uma fórmula para resolver o problema. “Não temos orientação a dar aos prefeitos, até porque seria preciso cortes duros para enfrentar esta crise e isso afetaria serviços essenciais, como saúde e educação”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

Veja Também