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Coronavírus pode ser mais forte no frio, diz estudo

Os pesquisadores acreditam que o vírus pode sobreviver por mais tempo em ambientes fechados em temperaturas mais baixas e com menos umidade

Coronavírus: preocupação dos cientistas é com o que irá acontecer uma vez que o frio chegar em outros países (SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Um estudo feito por pesquisadores americanos aponta que estações do ano com temperaturas mais baixas pode demonstrar que o novo coronavírus sobrevive mais, como é o caso da primavera e do outono, e menos em temperaturas altas, como o verão.

Segundo os cientistas da Universidade Estadual do Kansas, nos Estados Unidos, a descoberta  “claramente demonstra” que o vírus sobrevive por mais tempo na primavera e no outono do que no verão. Vale lembrar que o hemisfério Norte está passando, neste momento, por altas temperaturas e  umidade, enquanto países do hemisfério Sul (como o Brasil), estão enfrentando invernos gelados e, por muitas vezes, seco.

Um dos exemplos é que, quando em baixas temperaturas e níveis de umidade baixos, o vírus pode permanecer em superfícies por mais tempo, continuando a ser infeccioso por até uma semana — enquanto no verão seu período de vida pode ser reduzido por até três dias.

A preocupação dos cientistas é explicada porque o hemisfério norte fará, em breve, sua transição para o outono. Os Estados Unidos são o país com o maior número de infectados pela doença e nem mesmo o verão foi capaz de barrar o crescimento dos casos — que hoje já está em quase 6 milhões, sendo o epicentro da doença no mundo. O Brasil, que está atualmente no inverno e é o segundo país com mais doentes, tem 3.862.311 de infectados.

Os pesquisadores acreditam que o vírus pode sobreviver por mais tempo em ambientes fechados em temperaturas mais baixas e com menos umidade. Segundo eles, o vírus tem em média, uma vida de quase oito horas em uma maçaneta comum de ferro ou de quase 10 horas em uma janela — o dobro se comparado à duração do vírus nos mesmos locais durante o verão.

Para chegar a essa conclusão, o time de pesquisadores se baseou em dados sobre as temperaturas americanas para recriar estações artificiais em câmaras — a temperatura controlada foi de 13 graus Celsius e 66% de umidade relacionada à primavera e ao autono, enquanto o verão foi mantido a 25 graus e 70% de umidade.

O estudo, publicado no bioRxiv ainda não passou pela revisão dos pares.

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