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Confiança da indústria no Brasil sobe pelo 4° mês consecutivo, diz FGV

Índice de Confiança da Indústria teve alta de 8,9 pontos em agosto, a 98,7 pontos, o que significa recuperação de 93,8% das perdas de março e abril

Indústria: apesar do resultado forte de agosto na maioria dos segmentos pesquisados pela FGV, a dificuldade de recuperação do indicador de tendência dos negócios sinalizou a permanência de muita incerteza entre as empresas (Nacho Doce/Reuters)

A confiança da indústria no Brasil subiu pelo quarto mês consecutivo em agosto, recuperando quase o total das perdas registradas no auge da crise do coronavírus em meio à melhora na percepção dos empresários sobre o momento atual do setor e suas expectativas, disse a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 8,9 pontos em agosto, a 98,7 pontos, o que significa uma recuperação de 93,8% das perdas registradas entre março e abril.

“A confiança do setor industrial manteve a tendência de recuperação iniciada nos últimos meses de forma consistente e disseminada”, disse em nota Renata de Mello Franco, economista do FGV-Ibre.

“A opinião dos empresários sobre a situação dos negócios no momento tem se aproximado cada vez mais do período pré pandemia. Para os próximos meses, os indicadores de expectativas mostram certo otimismo, com mais de 40% do setor prevendo aumento do ritmo de produção”, acrescentou.

O Índice de Situação Atual, que mede o sentimento sobre o momento presente no setor industrial, subiu 8,7 pontos em agosto, para 97,8 pontos. Já o Índice de Expectativas — termômetro da percepção dos empresários sobre o futuro da indústria — avançou 9,1 pontos, a 99,6 pontos, nível acima da leitura de março (96,2 pontos).

Apesar do resultado forte de agosto na maioria dos segmentos pesquisados pela FGV, a dificuldade de recuperação do indicador de tendência dos negócios sinalizou a permanência de muita incerteza entre as empresas, disse Franco.

A melhora sucessiva na confiança da indústria nos últimos quatro meses aconteceu em meio à flexibilização de medidas de contenção do coronavírus em importantes centros econômicos brasileiros, como São Paulo, mesmo em meio à alta constante de casos de Covid-19 no país, que já perdeu mais de 117 mil vidas para a doença.

 

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