A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou um convite para ouvir o bilionário Elon Musk, dono do X, para ele participar de um debate sobre a divulgação dos documentos chamados “Twitter Files Brazil”.
O pedido original, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), não incluía o nome de Musk, que atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no fim de semana. O nome do bilionário, porém, foi incluído na discussão desta terça-feira, por um pedido do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
“Não sou contra nenhum requerimento. Apenas apresento aqui a sugestão de que, por videoconferência, também fosse ouvido pela nossa Comissão o dono do Twitter em todo o mundo, que provocou toda esta discussão nas redes sociais, que é o Elon Musk”, afirmou Kajuru na sessão.
O convite será para Musk participar do debate por videoconferência, mas o presidente do colegiado, Sérgio Petecão (PSD-AC), ressaltou que ele tem condições financeiras para uma participação presencial.
“Esse homem tinha de vir até aqui porque é rico”, disse Petecão.
A responsabilização das plataformas está no centro da polêmica envolvendo Musk e Moraes. O dono da plataforma pediu, em uma publicação, a renúncia do magistrado, contestou sua atuação e o chamou de “traidor” do povo e da Constituição brasileira. Além disso, Musk ameaçou remover restrições de perfis bloqueados pelo STF, fechar as operações da sua empresa no Brasil e a publicar todas as requisições judiciais enviadas à rede social pela Justiça.
No domingo, após as ameaças do bilionário, Moraes determinou abertura de uma investigação contra o empresário e uma multa diária de R$ 100 mil por perfil, caso plataforma desobedeça a qualquer ordem judicial, dentro do inquérito que apura a existência de milícias digitais.