“Somos lembrados publicamente – e nos tentam envergonhar, mas não sentimos vergonha – de que temos uma dívida tão grande, em um atraso tão grande, na ONU. Então, realmente temos que abordar esse problema se quisermos estar aptos a competir […]”, acrescentou.
Quando Murphy sugeriu que a situação criava aberturas para a atuação da China ou da Rússia, Thomas-Greenfield apontou que Pequim pode financiar cargos para cerca de 400 jovens profissionais na ONU, enquanto os EUA não podem.
“Cada lacuna que deixamos é uma abertura para os chineses. Eles fluem para todos os espaços abertos que deixamos”, disse ela.
Thomas-Greenfield e Power passaram grande parte da audiência culpando a Rússia pela escassez de grãos e fertilizantes no mercado global, insistindo que isso não tinha nada a ver com o embargo dos EUA e seus aliados contra Moscou por causa do conflito na Ucrânia.
Tais acusações são “mentiras”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, à RT e à Sputnik em entrevista na quarta-feira (20). Lavrov destacou que as sanções têm como alvo navios, instalações portuárias e seguros, com o objetivo de impedir as exportações de grãos russos, enquanto o grão ucraniano está preso em portos minados sob ordens de Kiev.
Os EUA e seus aliados agora “querem arrastar o secretário-geral da ONU para seus jogos”, disse Lavrov.