“O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informa que foi entregue, de maneira oficial, ao embaixador de Israel na Colômbia [Gali Dagan], a nota verbal sobre a decisão do governo de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel a partir desta data”, afirmou um comunicado divulgado na rede social X.
O Ministério esclareceu que, apesar disso, os serviços consulares entre Tel Aviv e Bogotá serão mantidos. “Além disso, foi comunicado ao embaixador que, por meio da Direção de Protocolo do Ministério das Relações Exteriores, será coordenado o procedimento e os prazos para a saída do pessoal diplomático”, anunciou.
Petro já havia adiantado em 1º de maio, durante um discurso em comemoração ao Dia Internacional dos Trabalhadores, que o governo romperia relações com Tel Aviv como uma forma de rejeição à ofensiva militar que Israel está conduzindo na Faixa de Gaza.
A Colômbia tem sido um dos países mais críticos à campanha israelense no enclave palestino, lançada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro. Bogotá e Tel Aviv já haviam cancelado relações comerciais e de cooperação militar e de segurança.
Segundo país da América Latina a romper relações
A Colômbia é o segundo país da América Latina, depois da Bolívia, a romper relações com Israel por conta da guerra em curso há quase sete meses. Na última quinta (2), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz comentou a decisão do governo da Colômbia e classificou Petro como “um presidente genocida”.
“A história lembrará que Gustavo Petro decidiu ficar do lado dos monstros mais desprezíveis conhecidos pela humanidade, que queimaram bebês, assassinaram crianças, estupraram mulheres e sequestraram civis inocentes”, escreveu Katz em sua conta no X.