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Cientistas japoneses fazem operação para tentar salvar satélite fora de controle

Satélite foi lançado em fevereiro
Satélite foi lançado em fevereiro

Dezenas de cientistas e engenheiros japoneses estão lutando para salvar um satélite – e milhões de dólares em investimento – que está fora de controle no espaço.

O satélite Hitomi, que significa a “pupila”, foi lançado no mês passado. Ele foi projetado para estudar objetos espaciais como buracos negros supermaciços, estrelas de nêutrons e aglomerados de galáxias, observando comprimentos de onda de energia de raios-X para raios gama.

Mas o tempo para salvar a missão está se esgotando.

O que aconteceu?

No último sábado, o Centro de Operações Espaciais dos Estados Unidos, que rastreia detritos espaciais, detectou cinco pequenos objetos ao redor do satélite.

O Japão até conseguiu um breve contato com a nave espacial depois disso, mas, em seguida, essa comunicação foi perdida.

O satélite também teria sofrido uma súbita mudança de rota. E observadores já o viram como uma luz piscando, o que sugere que ele possa estar caindo.
No dia seguinte, o Centro americano de Operações se referiu ao incidente como um “rompimento”, apesar de que especialistas já esclareceram que o Hitomi pode estar praticamente intacto.

Mas, então, o que aconteceu com o satélite?

A Agência Espacial Japonesa (Jaxa) disse à BBC que não sabia, até o momento, o que teria acontecido com o Hitomi e que ainda está tentando reestabelecer a comunicação com ele.

Jonathan McDowell, um astrônomo do Centro de Astrofísica de Harvard, disse à agência de notícias AP que há duas possibilidades: uma explosão de bateria ou um vazamento de gás, colocando o satélite em um giro e o deixando incomunicável.

“É muito triste saber que isso aconteceu. Eu sei como a missão foi feita e sei que poderia ter acontecico conosco. O espaço não perdoa.”

Mas o diretor de projetos do programa de satélite da Universidade Nacional de Singapura, Goh Cher Hiang, afirmou à BBC que graças ao sistema de monitoramento e de backup, as explosões de bateria eram “muito raras”, enquanto um vazamento dos tanques pressurizados de combustível em satélites poderiam causar problemas.

Fatores externos poderiam também ser uma razão, explicou ele. “Pode ser também de uma colisão, seja algo do espaço mesmo ou um objeto feito pelo homem que estivesse lá.”

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