Missões para iniciar a construção na órbita baixa da Terra estão previstas para 2022
Na corrida para se tornar uma referência em exploração espacial, a China está prestes a lançar três missões para começar a construir sua própria estação na órbita baixa da Terra.
A Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento (CALT, na sigla em inglês) está na fase final de desenvolvimento de três foguetes que lançarão o primeiro módulo da estação espacial, uma nave de carga e reabastecimento e uma missão tripulada. Sem data confirmada, as missões estão previstas para 2022.
O planejamento da CALT está em andamento desde 1992 e seu objetivo é enviar 11 missões para a construção da estação e estabelecer uma presença tripulada de longo prazo.
O primeiro módulo já está em fase final na fábrica e logo deve ser transportado para o Centro de Lançamento Espacial em Wenchang, na costa nordeste da ilha de Hainan.
Chamado de Tianhe, ele será levado pelo foguete Long March 5B e servirá de alojamento para três astronautas por seis meses. Em 2022, um telescópio espacial chamado Xuntian também será enviado para ficar na órbita da estação espacial.
“Em breve concluiremos a construção da primeira estação espacial orbital tripulada de longo prazo da China, atingindo níveis mundiais avançados. Lá, realizaremos pesquisas científicas espaciais em larga escala”, disse Zhou Jianping, projetista-chefe do programa de voo espacial humano da China, em entrevista a um noticiário do país. A informação é da SpaceNews.
Recentemente, a China se tornou o terceiro país a trazer amostras da superfície da Lua com o retorno da sonda Chang’e5. Ela coletou dois quilos de solo de rochas lunares e acredita-se que o material coletado seja bilhões de anos mais novo do que aquele obtido pelos Estados Unidos e pela antiga União Soviética.