China e Brasil vão se livrar do dólar em transações dentro do BRICS, dizem especialistas

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Brasil pretende diversificar o comércio com a China. A China e o Brasil estão harmonizando a coordenação política e a interação econômica. A cúpula que se aproxima fortalecerá o engajamento entre a China e o Brasil dentro do BRICS, pensam os especialistas.

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Brasil pretende diversificar o comércio com a China. A China e o Brasil estão harmonizando a coordenação política e a interação econômica. A cúpula que se aproxima fortalecerá o engajamento entre a China e o Brasil dentro do BRICS, pensam os especialistas.

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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegará com uma visita oficial à China de 12 a 15 de abril. Sua viagem foi adiada por duas semanas devido a uma pneumonia leve. O diretor do Instituto da América Latina da Universidade de Anhui, Fan Hesheng, disse em entrevista à Sputnik que a decisão do presidente de 77 anos de idade de visitar a China, imediatamente após a permissão dos médicos, reflete a natureza especial das relações sino-brasileiras.

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“Isso indica a intenção de chegar a acordos apropriados com a China o mais rápido possível e contribuir para a recuperação econômica do Brasil através do fortalecimento da cooperação sino-brasileira”, observou Fan Hesheng.

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“Além disso, a situação política interna do Brasil não é muito estável, a oposição é forte e, se os problemas econômicos não forem devidamente resolvidos, isso pode ter um grande impacto no sucesso futuro da governação de Lula”, acrescentou.

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Nadezhda Kudeyarova, chefe interina do Centro de Estudos Políticos do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia, chamou a atenção, em entrevista à Sputnik, para o fato que o presidente Lula está se afastando do conservadorismo de direita do ex-presidente Jair Bolsonaro em direção ao centro, o que facilitará a busca de entendimento mútuo em questões-chave com a China.

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“Entre a China e o Brasil não há contradições, sobre as quais o governo Bolsonaro falava repetidamente. A política atual do Brasil é pragmática […] Um dos objetivos da visita de Lula é elevar o nível de cooperação na política externa com a China para torná-la comparável em importância à cooperação comercial, econômica e de investimento”, apontou a especialista.

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A diversificação do comércio, desenvolvimento da cooperação em investimentos, o papel da China na reindustrialização de economia brasileira, novas fontes de energia, mudanças climáticas e segurança global serão os principais temas de negociações durante a visita.

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Durante o governo de Lula, a China tornou-se o primeiro parceiro comercial do Brasil em 2009 e manteve essa posição por 14 anos consecutivos. Em 2022, o comércio bilateral atingiu US$ 171,35 bilhões (R$ 868,17 bilhões), um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. O Brasil também continua sendo o maior beneficiário do investimento chinês na América Latina.

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Durante a visita, as partes esperam mudar para uma nova qualidade na cooperação econômica através da diversificação do comércio, disse o especialista Fan Hashen: “No passado, a cooperação econômica sino-brasileira esteve amplamente confinada ao comércio de commodities, particularmente soja, frutas, carne e minério de ferro. A diversificação comercial sempre foi um objetivo da China e do Brasil. Agora, o campo da cooperação bilateral está se expandindo, cobrindo gradualmente novas áreas de interação”.

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“Lula também expressou repetidamente a esperança de que o Brasil não desempenhe apenas o papel de fornecedor de recursos no desenvolvimento de relações comerciais com a China ou outras grandes potências”, acrescentou ele.

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O significado da primeira visita de Lula fora do Hemisfério Ocidental após sua eleição como presidente vai além das relações bilaterais, observou o especialista.

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“As relações sino-brasileiras sempre desempenharam um papel de liderança no relacionamento geral da China com a América Latina. A visita de Lula à China contribuirá para o desenvolvimento das relações bilaterais. Um incentivo importante é que Lula busca reavivar a economia do Brasil e, portanto, tem grandes esperanças de cooperação com a China, o maior parceiro comercial do país e a segunda maior economia do mundo.”

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Lula promete restaurar o protagonismo internacional do Brasil e abandonar as políticas isolacionistas de Jair Bolsonaro.

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Ele já havia devolvido o Brasil a fóruns regionais como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União de Nações Sul-Americanas, e havia prometido fortalecer o bloco comercial do Mercosul, por isso, em particular, foi com uma visita à Argentina.

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A viagem à China apoiará e intensificará os contatos dentro do BRICS, declarou Nadezhda Kudeyarova.

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“Depois de algum esfriamento nas relações entre Brasil e China durante a presidência de Bolsonaro, incluindo no trabalho no BRICS, pode ser esperado um maior envolvimento brasileiro nesse formato. A visita de Lula à China destaca a importância do BRICS para o Brasil”, acredita a especialista.

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“Isso é um indicativo do retorno do Brasil ao círculo informal dos gigantes emergentes. Após a visita à China, também poderemos falar sobre o fortalecimento desse formato”, enfatizou ela.

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Na véspera da cúpula sino-brasileira, as partes assinaram um acordo sobre o comércio em moedas nacionais e anunciaram a criação de uma câmara de compensação. Ela permitirá transações sem uso do dólar e empréstimos em moedas locais, o que facilitará e reduzirá os custos de transação e reduzirá a dependência do dólar no comércio bilateral.

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A Rússia e China também estão mudando ativamente para transações em rublos e yuans. Tudo isso pode facilitar a transição de todo o comércio do BRICS para moedas nacionais. Os acordos sino-brasileiros devem reforçar essa tendência no desenvolvimento do BRICS.

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