Comandante jihadista teria sido vítima de explosão causada pelo exército israelense
O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou que o comandante chefe de suas operações na Síria, Mustafa Badreddine, foi morto nesta quinta-feira em um suposto ataque aéreo das forças de Israel. De acordo com o comunicado do Hezbollah, Badreddine foi vítima de uma explosão dirigida a uma das sedes da milícia, próxima ao Aeroporto Internacional de Damasco.
Uma investigação está sendo realizada pelo grupo para determinar se a explosão foi causada por ataque aéreo, mísseis ou artilharia, afirmaram. O exército israelense não confirmou nem descartou seu envolvimento no ataque, o que é uma postura comum do país nesse tipo de caso, de acordo com o jornalThe Washington Post.
O nome de Badreddine aparece na relação de terroristas procurados dos Estados Unidos e, há alguns meses, a Arábia Saudita também o incluiu em uma lista negra por realizar operações fora do Líbano. Segundo a nota do Hezbollah, meses antes de sua morte o jihadista disse que “não voltaria à Síria a não ser como mártir ou carregando a bandeira da vitória”.
Badreddine é o principal comandante do grupo xiita já morto na Síria. Ele está ligado aos atentados às embaixadas dos Estados Unidos e da França em 1993 e está entre os indiciados pela justiça americana pelo envolvimento no assassinato do primeiro-ministro libanês Rafiq al-Hariri, em 2005.
No comunicado, Badreddine foi chamado de “grande líder jihadista” (combatente islâmico) e o grupo declarou que “após uma vida plena de guerra santa, cativeiro, ferimentos e grandes conquistas, terminou como um mártir”. O movimento libanês tem fortes vínculos com o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, que pertence a uma seita xiita, e atualmente participa do conflito sírio ao lado das tropas governamentais.
(Com EFE)