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Cerca de 900 haitianos devem chegar a SP nos próximos dois meses

Após um mês de fluxo suspenso, ônibus com imigrantes chega nesta sexta.
Prefeitura diz que eles serão acolhidos no Terminal da Barra Funda.

Cerca 900 haitianos vindos do Acre devem chegar a São Paulo nossos próximos 60 dias. A Prefeitura espera a chegada de 23 ônibus à Rodoviária da Barra Funda, Zona Oeste. O primeiro deles deve chegar ainda nesta sexta-feira (19).

Em maio, o Ministério da Justiçax fez um acordo com o governo do Acre e a Prefeitura de São Paulo para que o transporte dos imigrantes fosse suspenso. A medida foi tomada para que a administração municipal paulista pudesse organizar a acolhida dos haitianos, que entram no país pela cidade da Basileia, no Acre.

Funcionários que falam creole e francês vão orientar os recém-chegados e indicar abrigos públicos onde poderão ficar  temporariamente. Um dos abrigos fica na região da estação Armênia, na Zona Norte, e tem capacidade para 40 pessoas. Na Penha, o abrigo tem capacidade para acolher 80 pessoas é dedicado exclusivamente a mulheres e crianças.

A Prefeitura de São Paulo informou que os haitianos que vão começar a chegar já estão com a carteira de trabalho. No início do ano, eles estavam chegando sem o documento e muitos buscaram abrigo na Igreja Nossa Senhora da Paz, no Glicério. Sem recursos ou amigos que pudessem acolher os recém-chegados, muitos dormiam no salão da igreja.

Como a emissão da carteira de trabalho era feita apenas pela Superintendência do Ministério do Trabalho, os haitianos chegavam a esperar até 50 dias para solicitar o documento. Para amenizar a situação, foram organizadas forças-tarefas para dinamizar a emissão das carteiras.

Emissão de carteiras
Há cerca de 10 dias, no entanto, a Prefeitura de São Paulo conseguiu a autorização para emitir carteiras de trabalho para estrangeiros, o que era uma antiga reinvindicação. Os critérios de emissão serão os mesmos exigidos pelo Ministério do Trabalho.

O Ministério da Justiça fez um convênio com o estado do Acre no valor de R$ 1,02 milhão para desconcentrar os destinos dos imigrantes, conforme padrões de demanda de emprego do mercado de trabalho.

Desde o terremoto que devastou o Haiti em 2010, imigrantes do país têm viajado durante dias e, muitas vezes em condições degradantes, para buscar oportunidades de emprego no Brasil.

g1

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