Quase metade dos alemães considera errada a decisão do gabinete de dar veículos de combate de infantaria Marder a Kiev, aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto de Novas Respostas Sociais (INSA, na sigla em inglês) para o Bild, neste domingo (8).
Na quinta-feira (5), o presidente dos EUA, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, disseram em um comunicado conjunto que os Estados Unidos e a Alemanha pretendiam fornecer à Ucrânia veículos de combate de infantaria e treinar tropas ucranianas para usá-los. Na sexta-feira (6), o porta-voz do gabinete alemão Steffen Hebestreit disse que a Alemanha planeja fornecer cerca de 40 veículos de combate de infantaria Marder no primeiro trimestre de 2023.
De acordo com a pesquisa do INSA, da qual participaram 1.001 pessoas, 49% dos entrevistados consideram um erro a decisão de Berlim de fornecer os Marder à Ucrânia, enquanto 40% apoiam a iniciativa.
Além disso, ainda segundo a pesquisa, 38% dos alemães acreditam que a Alemanha deveria intensificar sua ajuda militar à Ucrânia doando tanques de guerra Leopard, no entanto, 50% são contra a medida.
Os países ocidentais têm aumentado seu apoio militar a Kiev desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia. Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) condenando sua assistência militar a Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas em território ucraniano seria “alvo legítimo” para as Forças Armadas russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, afirmou que o fornecimento de armas estava minando as perspectivas de um futuro processo de paz.