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Cemitério do Araçá sofre com furtos de peças de metal e de túmulos

Cemitério de 120 anos tem muitas falhas de segurança.  Prefeitura diz que em 1 semana, 700 que estavam abertos foram fechados.

araça

O Cemitério do Araçá, na Zona Oeste de São Paulo,  tem mausoléus famosos, de famílias importantes e um da Polícia Militar, mas o Araçá sofre com furtos de peças de metal dos túmulos.

As falhas de segurança já podem ser notadas do lado de fora: uma cerca de arame acompanha o muro do Cemitério do Araçá. Mas, bem perto do ponto de ônibus da Avenida Dr. Arnaldo, uma parte cedeu, criando um risco para o pedestre. Ao lado, outro problema: a cerca não cobre o portão. E nos fundos, a proteção extra já nem existe mais.

Onde não tem muro, a grade está bem conservada… mas é baixa. O que facilita a entrada de gente mal intencionada. Muitos túmulos estão sem os portões, que possivelmente foram furtados. Outros túmulos ficaram abertos mesmo. Em um deles, dá para ver um saco plástico, destes usados para guardar os ossos após a exumação. As famílias que cansaram de repor o portão improvisaram com tijolo e cimento.

O Cemitério do Araçá tem mais de 120 anos. Guarda mausoléus, como o de policiais militares mortos em ação e de famílias da elite cafeeira. A riqueza da época é percebida nos túmulos cobertos de mármore que não escaparam da degradação. Uma estátua de Jesus Cristo está tombada, de cabeça para baixo. A impressão é que alguém pretendia furtar a peça, mas desistiu e deixou a estátua entre os túmulos e a grade do cemitério.

O serviço funerário municipal disse que em uma semana, 700 que estavam abertos foram fechados. Em relação à grade baixa que favorece a entrada de vândalos, o serviço funerário disse que vai estudar uma eventual troca. O órgão diz que os furtos no Cemitério do Araçá acontecem há anos, e que os casos nunca foram investigados pela Polícia Civil.

Cemitério do Tremembé também sofre com furtos
Ossadas à mostra, túmulos abertos, furtos, entulho e muito abandono. Essa é a situação do Cemitério do Tremembé, na Zona Norte da capital paulista.

As marcas do vandalismo estão por toda a parte e incomodam os visitantes. Quem visita o túmulo de parentes diz que os furtos e a depredação têm sido frequentes. “Aqui é direto. o que dá mais aqui é roubo. Nem mesmo morto tem sossego”, afirma o pedreiro Wilson Ribeiro.

Em um dos jazigos, o nome da família foi arrancado, o portão do tumulto foi retirado e a caixa onde foram colocados os restos mortais está aberta.

Em outro túmulo, o saco usado pra exumação está aberto. Em outro ponto, os restos de materiais de construção não foram recolhidos.

O funerário municipal disse que vai trocar os sacos de exumação rasgados e vai fechar os túmulos que estão abertos com tijolos até que as famílias providenciem um novo portão. O órgão disse que o entulho tem que ser recolhido pelas famílias donas do túmulo. Quem não recolher ainda esta semana será multado. Sobre os casos de furto, o serviço funerário municipal informa que é responsabilidade das famílias registrar boletim de ocorrência.

A secretaria estadual da Segurança Pública diz que a responsabilidade da segurança dentro dos cemitérios é da Prefeitura, por meio da Guarda Civil. A secretaria afirma que a Polícia Civil vem, sim, combatendo o crime de receptação, E que no meio do ano foi preso, na região do Tremembé, um suspeito de furtar cobre. Ele estava com uma carga avaliada em R$ 200 mil.

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