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Carro da Vacina vai ao Sol Nascente e servidores são homenageados

Em 30 edições, projeto de vacinação itinerante da Secretaria de Saúde do DF já aplicou 9.000 mil doses

Seja em uma rua de terra em uma área rural ou no asfalto de uma comunidade da periferia, a presença do Carro da Vacina se tornou uma realidade, comum em várias regiões administrativas do Distrito Federal ao longo de 2022. Criado em janeiro para ajudar na campanha de imunização contra a covid-19, o projeto ampliou o foco e agora ajuda a combater outras doenças, como a influenza e a pólio.

Ao todo, já são mais de 8.500 doses aplicadas. Neste sábado (3), na 30ª edição do Carro da Vacina, a Secretaria de Saúde realizou na Escola Classe 66, no Sol Nascente, uma cerimônia para homenagear 25 servidores envolvidos na iniciativa.

Lucilene Florêncio: “Eu acredito em um Sistema Único de Saúde que vá até o usuário”| Foto: Tony Winston/Secretaria de Saúde

“O Carro da Vacina é um exemplo para o Brasil”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora destaca que o projeto foi iniciado em Ceilândia e no Sol Nascente e conta desde a primeira edição com a parceria de lideranças comunitárias, igrejas, escolas e outros apoiadores que ajudam a mobilizar a população e a definir as rotas de passagem dos carros. “Eu acredito em um Sistema Único de Saúde que vá até o usuário”, acrescenta.

“Nós precisamos encontrar inovações, novas formas de aumentar a nossa cobertura vacinal. Por isso, o Carro da Vacina veio para ficar”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde

Em julho, o projeto foi expandido para outras regiões do Distrito Federal e o plano agora é ampliar a frota de veículos para reforçar a logística necessária para o projeto. “Nós precisamos encontrar inovações, novas formas de aumentar a nossa cobertura vacinal. Por isso, o Carro da Vacina veio para ficar”, completa a secretária. Lucilene Florêncio também elogia o trabalho dos servidores públicos responsáveis pelo planejamento e pela execução do trabalho.

A diretora de Atenção Primária da região de saúde oeste, Sandra França, elenca as principais iniciativas para ampliar o acesso à vacinação, como a imunização dentro de escolas e a abertura de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aos sábados. A UBS 2 de Ceilândia, por exemplo, vai completar um ano de vacinação todos os sábados. Porém, o Carro da Vacina é apontado como uma estratégia fundamental para levar imunizantes para quem dificilmente iria comparecer a uma UBS. “Conforme a gente foi percebendo a necessidade da população, a gente foi se reinventado para assistir”, explica.

De acordo com Sandra França, o Carro da Vacina é uma alternativa adequada para pessoas que têm dificuldades de ir até um ponto fixo, seja por dificuldades do transporte ou por conta da rotina. “Imagine uma mãe de família com quatro crianças para se vacinar. Para ela, esse deslocamento é difícil. A gente passando na porta é muito melhor”, exemplifica. Também há o caso de trabalhadores que não encontram tempo para ir até uma Unidade Básica de Saúde. “A gente já pegou motoboy saindo para trabalhar e fizemos a vacina”, lembra.

O Carro da Vacina é uma alternativa adequada para pessoas que têm dificuldades de ir até um ponto fixo, seja por dificuldades do transporte ou por conta da rotina | Foto: Tony Winston/Secretaria de Saúde

Vacinação em escola

A cada edição do Carro da Vacina é montado um ponto fixo para apoio logístico, que também funciona como local de vacinação. Hoje, no Sol Nascente, a Escola Classe 66 foi selecionada para o atendimento. Estavam disponíveis imunizantes contra covid, influenza e pólio, além dos imunizantes do calendário de vacinação, com exceção da BCG. Também foram ofertados serviços como testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis, distribuição de preservativos, orientações sobre o combate à dengue e entregas de kits de higiene bucal.

Para animar, um pula-pula e palhaços animaram as crianças, o que significou uma verdadeira festa para a Gabriela Pereira. A menina completou nove anos e ficou feliz em ganhar parabéns de toda a equipe da Secretaria de Saúde. “Foi muito bom! E eu estudo aqui!”, conta. Quem também gostou foi a avó dela, a auxiliar de serviços gerais Maria Conceição Rosário, de 59 anos. A menina e avó receberam imunizantes contra a covid-19 e a influenza. “A proteção é a melhor coisa que se faz. Sempre vacinei meus filhos. E agora levo a minha neta”, garante Maria Conceição Rosário.

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