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Cariani fala sobre indiciamento, e defesa diz que PF se equivocou

31/01/2024

WhatsApp-Image-2024-01-31-at-13.00.26-e1706716911640-768x540 — Renato Cariani Foto: Reprodução / Print de vídeo / Instagram

“Nada vai tirar minha alegria”, disse o influenciador fitness

Renato Cariani Foto: Reprodução / Print de vídeo / Instagram

O empresário Renato Cariani e seu advogado se pronunciaram sobre a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) e o pedido de indiciamento contra ele e dois amigos. O fisiculturista, que ganhou o prêmio iBest de melhor influenciador fitness do Brasil nesta terça-feira (30), afirmou que “nada vai tirar” a sua “alegria” após tal conquista, enquanto sua defesa declarou que o conteúdo do relatório da PF é “equivocado”.

Cariani, sua sócia Roseli Dorth e o empresário Fabio Spinola são acusados de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo os investigadores, eles teriam falsificado notas fiscais da empresa Anidrol e vendido os produtos para a produção de cocaína e crack.

Em seus stories, Cariani destacou que caberá à Justiça avaliar se a PF reuniu provas suficientes sobre o caso e se vai instaurar um processo. O conteúdo do relatório foi divulgado pelo portal G1 e pela Folha de S.Paulo nesta terça-feira.

– A Polícia Federal já encerrou as investigações. E agora cabe à Justiça entender se ela tem ou não material suficiente para oferecer pra isso… pra transformar num processo. E aí então começa o processo pra avaliar quem são os culpados, os grandes responsáveis e quem não são. Mas esse indiciamento já tinha acontecido há muito tempo e a imprensa resolveu notificar novamente, não sei por quê. Mas, não vai tirar a minha alegria do meu prêmio que vocês, graças a vocês eu tive a honra de conquistar – disse o influenciador.

O advogado Aldo Romani Netto, por sua vez, relatou ter apresentado diversas provas de que Cariani não estava envolvido no esquema e que o indiciamento foi solicitado precipitadamente.

– O indiciamento de Renato ocorreu há mais de 40 dias, antes mesmo de eu ter tido a oportunidade de prestar esclarecimentos. De igual forma, as conclusões da Autoridade Policial expostas no relatório são equivocadas, e vêm sendo contraditadas no curso do procedimento. Apresentamos ao juízo dezenas de documentos que comprovam que Renato jamais participou de qualquer atividade ilícita, e temos a certeza de que sua inocência será reconhecida pela Justiça – assinalou.

Já a defesa de Roseli Dorth afirmou ter uma centena de documentos que provam sua inocência e disse que a investigação está “pautada em premissas falsas”.

– A defesa de Roseli Dorth apresentou ao Ministério Público uma petição, acompanhada de mais 100 documentos, que comprovam a sua total desvinculação dos fatos apurados: Roseli Dorth não tem qualquer envolvimento com a prática dos crimes apurados. A investigação está pautada em premissas falsas, que não encontram o mínimo suporte da realidade dos fatos. Temos confiança de que a Justiça reconhecerá que são totalmente descabidas e infundadas as conclusões, fruto de inadmissíveis presunções, da Polícia Federal – pontuaram os advogados, em nota.

O empresário Fabio Spinola e seus advogados ainda não se manifestaram.

ENTENDA
O inquérito foi iniciado após a Receita Federal identificar depósitos suspeitos que envolviam valores que ultrapassavam os R$ 200 mil e o nome da AstraZeneca. Ao ser contatada, a multinacional negou que tivesse adquirido substâncias da Anidrol.

Após dez meses de apuração, os investigadores afirmam no relatório que, como forma de encobertar os crimes, membros da Anidrol teriam falsificado cerca de 60 notas fiscais da venda dos produtos, para constar que as substâncias haviam sido compradas por multinacionais farmacêuticas, como a AstraZeneca e a LBS Laborasa.

Segundo a PF, entre os compostos químicos que teriam sido desviados para o tráfico, estão 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol. O esquema, que teria durado seis anos (2014-2021), beneficiava uma rede internacional de entorpecentes, cuja uma das facções envolvidas é o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Apesar do indiciamento, a PF não solicitou a prisão dos suspeitos. O relatório foi enviado para o Ministério Público Federal (MPF), que decidirá acatar ou não a denúncia. Por fim, a Justiça Federal determinará se eles serão julgados pelas acusações.

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