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Campanha da ARTESP de conscientização sobre uso de cinto de segurança

Estudo mostra que a não utilização do dispositivo entre os usuários do banco de trás é grande

A ARTESP (Agência de Transporte do estado de São Paulo) desenvolve junto as 20 concessionárias de rodovias paulistas, que administram 6,4 mil quilômetros de pistas, campanha de conscientização dos motoristas para a utilização do cinto de segurança pelo usuários do banco de trás dos veículos. Na primeira fase da pesquisa, realizada entre 1 e 7 de dezembro, foi verificado que 53% dos passageiros do banco traseiro não usavam o equipamento. Já na segunda etapa, com levantamento feito entre 30 de janeiro e 5 de fevereiro, o índice de não utilização caiu para 48%. A campanha, desenvolvida em parceria com as concessionárias de rodovias paulistas, tem foco na utilização desse dispositivo de segurança começou no início de janeiro. Conta com peças divulgadas em rádios, emissoras de TV, internet e jornais, além da distribuição de folhetos nas rodovias sob concessão e da exibição de mensagens em faixas e nos painéis de mensagens das estradas.

Os resultados da segunda etapa da pesquisa mostram, ainda, que o índice de motoristas e de passageiros do banco dianteiro que não utilizam o cinto também caiu, apesar da queda ter sido menor. Em ambos os casos, a redução ao desrespeito foi de um ponto percentual. No que se refere aos motoristas, a primeira etapa da pesquisa mostrou que 14% do total dos condutores não utilizavam o equipamento de segurança, contra 13% na segunda etapa. Já entre os passageiros do banco dianteiro, o índice passou de 17% para 16%. O levantamento foi realizado nos 6,4 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado de São Paulo, e o total de veículos observados nessa nova fase do estudo foi de 16.491.

Por região. Das 17 regiões administrativas do Estado, nove tiveram redução no índice de passageiros do banco traseiro que não utilizavam cinto. As que apresentaram as maiores quedas foram as regiões de Araçatuba, onde o índice de não utilização caiu 26 pontos percentuais (de 59% para 33%); de São José dos Campos (redução de 21 pontos percentuais, de 59% para 38%); e de São José do Rio Preto (queda de 19 pontos, de 59% para 40%). As outras regiões onde houve redução ao desrespeito foram Administrativa Central, de Sorocaba, de Presidente Prudente, de Itapeva, Capital e Região Metropolitana de São Paulo (exceto Capital).

Contrário. Seis áreas tiveram aumento no índice de não utilização do cinto no banco traseiro. As regiões onde o desrespeito mais aumentou foram Registro (crescimento de 13 pontos percentuais, de 20% para 33%), Marília (cinco pontos, de 36% para 41%), Santos (quatro pontos, de 60% para 64%) e Barretos (quatro pontos, de 62% para 66%). As outras regiões que tiveram aumento no desrespeito foram as de Ribeirão Preto e de Campinas, ambas com incremento de um ponto percentual no índice de não utilização do equipamento. As regiões de Franca e de Bauru se mantiveram estáveis, com índice de desrespeito 56% e 44%, respectivamente.

Apesar de ter apresentado grande aumento no índice de passageiros do banco traseiro que não utilizam cinto, a Região de Registro é, ainda, uma das três onde há maior índice de uso do cinto. Com 33% de não utilização do equipamento na segunda etapa da pesquisa, Registro se iguala a região de Araçatuba. No que se refere ao cumprimento da legislação, a frente dessas duas regiões encontramos apenas a Região de Itapeva, onde foi verificada a não utilização do cinto por 27% dos passageiros da parte de trás dos veículos. Já as regiões com maior desrespeito são Barretos (66% de não utilização), Santos (64%) e Franca (56%). Veja no link a seguir o mapa que mostra a comparação entre os resultados da primeira e da segunda etapa da pesquisa: http://publy.ca/Aw72.

 Campanha. As desculpas dos usuários para não utilizar o cinto de segurança no banco traseiro são o mote da campanha de conscientização realizada pela ARTESP. O filme da campanha publicitária destaca que o motorista apresenta várias alegações para não usar o cinto de segurança no banco de trás como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou a ideia equivocada de que “qualquer coisa o banco da frente protege”. Mas também alerta para uma importante razão para usar o cinto: “sua vida e a vida de quem você ama”. A campanha, que está sendo veiculada em todo o Estado nos intervalos comerciais de emissoras de televisão e em spots de rádio, termina com a mensagem: “Usar o cinto de segurança no banco de trás é obrigatório por lei e pode salvar sua vida”. Veja o vídeo da campanha no link http://youtu.be/xQ5q5oCyvAc. Também foi criada uma página no Facebook onde serão publicadas informações sobre o uso do cinto de segurança e promoções.

Outra frente da campanha é o simulador de impacto, equipamento que simula uma batida a 5 km/h. O aparelho já percorreu postos de serviços de rodovias dos sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes, entre outras, além de eventos em empresas e universidades. Apesar da pouca velocidade do impacto, quando os usuários utilizam o simulador têm a exata noção da importância do uso do cinto.

O simulador está à disposição de empresas, universidade e prefeituras, que poderão utilizá-lo em ações com o público. Para agendar uma data para a utilização, os interessados devem entrar em contato com a ARTESP pelo e-mail artesp@artesp.sp.gov.br, com sugestões de data, horário e local da ação educativa.

Dados sobre a quantidade de vítimas de acidentes nas rodovias sob concessão que não usavam cinto de segurança apontam para a necessidade de constantes campanhas de conscientização dos motoristas e passageiros. De 2012 até outubro de 2014, 69,4% dos passageiros que estavam em bancos traseiros dos veículos e que morreram em acidentes nas rodovias estavam sem cinto de segurança. As vítimas fatais no banco da frente de passageiro sem cinto chegam a 38,4% e 50,1% dos motoristas.

ARTESP
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