A parlamentares, primeiro-ministro afirmou que Estado Islâmico ameaça interesses da Grã-Bretanha e que o país não pode “terceirizar sua segurança”
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu nesta quinta-feira que a Grã-Bretanha passe a atuar nos bombardeios a redutos do Estado Islâmico (EI) na Síria. Em declaração por escrito enviada ao Comitê das Relações Exteriores do Parlamento britânico, o premiê pediu o apoio dos deputados para ampliar o combate aos jihadistas. Atualmente, o país participa apenas de ataques no Iraque.
“É um erro para a Grã-Bretanha terceirizar sua segurança a outros países e esperar que as tripulações de outras nações assumam as cargas e os riscos de atacar o Estado Islâmico na Síria para deter o terrorismo no Reino Unido”, disse Cameron no documento, em referência aos bombardeios realizados por países como Estados Unidos e França.
Também nesta quinta-feira, Cameron fez um discurso no Parlamento, durante o qual afirmou que o EI ameaça os interesses da Grã-Bretanha. Ele reconheceu que os ataques aéreos dos britânicos não são suficientes para derrotar os terroristas, mas podem ajudar a diminuir a capacidade de eles se organizarem em um local onde “se sentem mais seguros”. O premiê deve submeter a ampliação dos bombardeios contra o EI à votação do Parlamento.
França – Nesta segunda-feira, Cameron viajou a Paris e, junto com o presidente francês, François Hollande, prestou uma homenagem às pessoas que morreram na casa de shows Bataclan. Durante a visita, o premiê britânico disse que faria tudo o que está ao seu alcance para ajudar a França “a combater esse maléfico culto à morte”.