União Europeia (UE) suspende as visitas de políticos de alto nível e interação financeira com o Kosovo devido à incapacidade do “primeiro-ministro” da república de reduzir a escalada nos enclaves sérvios, disse o porta-voz das relações exteriores da UE, Peter Stano.
Bruxelas: UE pretende limitar financiamento do Kosovo devido à sua recusa de facilitar a desescalada
“O primeiro-ministro do Kosovo Albin Kurti falhou os esforços de redução da escalada no Kosovo aos quais a UE tem repetidamente apelado. A esse respeito, decidimos tomar uma série de medidas que entraram em vigor imediatamente, incluindo a suspensão de visitas de alto nível e interação financeira com o Kosovo”, declarou Stano.
Ele acrescentou que “estas medidas não são sanções, são impostas a um nível completamente diferente”.
Ele ressaltou que a União Europeia apelou às autoridades do Kosovo e à Sérvia para que contribuíssem para a redução da escalada, caso contrário poderiam enfrentar consequências negativas.
O porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa da UE indicou que as medidas propostas contra o Kosovo não são sanções e poderão ser levantadas se as autoridades da república tomarem as medidas necessárias.
Stano também não descartou que restrições também poderiam ser impostas à Sérvia se o país não contribuir para a redução das tensões.
No início de junho, a população sérvia protestou nos municípios de Zvecan e Leposavic, no norte do Kosovo e Metóquia, exigindo a retirada dos prefeitos kosovaro-albaneses, eleitos em 23 de abril em meio ao boicote da maioria sérvia, e a retirada das unidades especiais da polícia da república autoproclamada.