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Brasilienses começam a se preparar para racionamento de água no DF

Com o fornecimento prestes a ser interrompido por pelo menos 24 horas, moradores e empresários buscam saída para evitar a falta de água e a interrupção de serviços. Brasilienses também começam a sentir no bolso a escassez no fornecimento

Este lava a jato do Guará está instalando um reservatório subterrâneo e trocou a mangueira usada na lavagem: a nova proporciona uma maior saída de ar e diminui o uso do líquido
Este lava a jato do Guará está instalando um reservatório subterrâneo e trocou a mangueira usada na lavagem: a nova proporciona uma maior saída de ar e diminui o uso do líquido

Com o fornecimento prestes a ser interrompido por pelo menos 24 horas, moradores e empresários buscam saída para evitar a falta de água e a interrupção de serviços. Brasilienses também começam a sentir no bolso a escassez no fornecimentoEnquanto o brasiliense vive a expectativa — e a preocupação — de ter o fornecimento de água interrompido por pelo menos 24 horas, tem gente lucrando com a mais grave crise hídrica do Distrito Federal. A água vendida em caminhões-pipa subiu entre 25% e 50% nos últimos dois meses e deve ficar ainda mais cara se o nível dos reservatórios continuar a baixar. A justificativa dos vendedores são as restrições impostas pela Agência Reguladora de Água, Energia e Saneamento do DF (Adasa), como limite de caminhões e de horário de captação nos córregos. Na tarde de ontem, o nível da Barragem do Descoberto caiu para 20,33%. Se esse índice chegar a 20%, o que deve ocorrer ainda esta semana, será iniciado o racionamento em 25 das 31 regiões administrativas — as seis restantes entrarão na lista, caso os córregos onde ocorre a captação comecem a secar.

A conta da água que chega nas torneiras também fica 20% mais cara a partir de dezembro por causa da chamada tarifa de contingência. A taxa extra será cobrada de quem consome mais de 10 mil litros por mês. Em entrevista ao site do Correio, na tarde de ontem (vídeo disponível na página do Correio no Facebook), o presidente da Companhia de Saneamento do DF (Caesb), Maurício Luduvice, foi evasivo ao ser questionado sobre quais regiões ficarão sem água primeiro e quais os critérios serão usados para essa escolha. “O plano, se for colocado em prática, será amplamente divulgado com antecedência de 24 horas, conforme determinou a Adasa.”
Temendo o racionamento, a moradora da Asa Norte Maria de Fátima Egler Frota, 61 anos, começou a economizar. “Na minha casa, estou juntando mais roupas para fazer menos lavagens e, na hora de lavar as louças, ensaboo todas e enxáguo de uma só vez.” Para ela, o aumento da taxa de água e outras medidas do governo são “um mal necessário”. “São como as multas, né? Infelizmente, as pessoas só tomam consciência assim.”
Correio Braziliense
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