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Brasil receberá compensação por preservação ambiental, diz Salles

O ministro do Meio Ambiente disse, confiante, que Brasil deve receber parte dos US$ 100 bilhões que serão doados pelos países ricos aos países em desenvolvimento para ações de preservação do meio ambiente

Salles estará a partir de segunda-feira (2/11) na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-25), que será sediada em Madrid, na Espanha
(foto: José Cruz/Agência Brasil)

Após participar de uma audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, nesta quarta-feira (27/11), e enfatizar que o governo brasileiro é exemplo de conciliação da proteção do meio ambiente e com a produção agropecuária, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se disse confiante em conquistar “boa parcela” dos US$ 100 bilhões que serão doados pelos países ricos aos países em desenvolvimento para ações de preservação do meio ambiente.

“O Brasil, que é certamente dos países em desenvolvimento aquele que mais faz pelo meio ambiente, que tem a maior floresta tropical, que tem o Código Florestal, que tem uma série de práticas já consolidadas de respeito, certamente tem a maior legitimidade para pleitear uma boa parcela desses US$ 100 bilhões”, afirmou ao final da audiência em conversa com os jornalistas.
Salles estará a partir de segunda-feira (2/11) na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-25), que será sediada em Madrid, na Espanha. A COP 25, que acontece entre 2 e 13 de dezembro, seria realizada no Chile, mas devido à onda de protestos no país o evento teve que mudar de sede.

“Temos muita coisa para mostrar, na parte da agricultura, de energia renovável, reciclagem. O Brasil tem muita coisa feita e portanto levará para a COP todo esse acervo de temas ambientais”, ressaltou. Por outro lado, uma das expectativas confirmadas pelo ministro é receber a sinalização de que a promessa de recursos vultosos dos países ricos já se concretize a partir no ano que vem.
“Nesse sentido, nosso trabalho é criar um mecanismo jurídico no âmbito do Acordo de Paris para que esse recurso já comece a fluir para Brasil a partir do ano que vem”, afirmou.
Na conversa, Salles preferiu não se pronunciar sobre a prisão quatro integrantes da organização Brigada Alter do Chão, por suspeita de ligação com as queimadas que destruíram parte da mata na Área de Proteção Ambiental (APA) de Santarém (PA). “Essa é uma questão que está sendo tratada pela Polícia do estado do Pará e portanto vamos aguardar o encaminhamento”, disse.
No entanto, antes mesmo de falar na audiência da Câmara dos Deputados, o ministro postou no Twitter e repercutiu a operação. “Realmente, lamentável”, postou.

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