“Há mais de 10 anos Roraima não estava integrado com o resto do Brasil na questão energética”, apontou o presidente nesta quarta-feira (29/9), no segundo dia de viagens em comemoração aos mil dias do governo
No segundo dia de viagens em comemoração aos mil dias do governo, o presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira (29/9) em Boa Vista, Roraima. No local, ele participou da cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica Jaguatirica II, do evento de concessão dos aeroportos do Bloco Norte e do lançamento da linha de transmissão — Linhão Tucuruí — que vai ligar Roraima ao Amazonas. À tarde, o chefe do Executivo anunciou que se reunirá em frente ao Palácio do Governo local para fazer o anúncio oficial da medida.
“Nós tínhamos pressa em resolver a questão do linhão Manaus – Boa Vista. Reunimos o Conselho de Defesa, foi debatido o assunto e vimos até onde poderíamos ir e o que deveríamos fazer a mais para atingir esse objetivo. Há mais de 10 anos, Roraima não estava integrada com o resto do Brasil na questão energética. O trabalho da nossa parte foi intenso a partir daquele momento (2019) e, muitas vezes, ajudado pela bancada de Roraima. Até que, ontem à noite, a cegonha apareceu. Ontem à noite, o último obstáculo para o início das obras foi vencido, e nós temos uma pedra aqui do lado, a pedra fundamental, para o início da construção do linhão”, apontou.
O presidente agradeceu a ministra Damares Alves a qual chamou de “pessoa chave” para destravamento da obra. “Os seus contatos, as suas idas e vindas para busca, junto às comunidade indígenas, da autorização para fazer esse linhão, porque essa linha passa por reservas indígenas”, acrescentou.
Bolsonaro completou que a obra deverá durar anos. “Não será muito rápida essa obra, mas aproximadamente 3 anos talvez, menos de 3 anos ela será concluída. É uma coisa fantástica que só se consegue quando se faz a união do Poder Executivo e do Poder Legislativo federal. Esse pesadelo, em menos de 3 anos, deixará de existir nesse estado maravilhoso chamado Roraima”.
Ele ainda citou participação na ONU e destacou que a Amazônia é dos brasileiros. “Dizer a vocês que em todas as vezes que estive na ONU eu falei que a Amazônia é nossa, é de nós brasileiros. Essa região é a mais rica do mundo em biodiversidades, água potável, riquezas minerais, e estamos cada vez mais descobrindo petróleo e gás na região, sem contar com as belezas naturais”. “Brevemente o turismo se fará mais presente nessa região”, concluiu.
Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a recompensa em fazer parte do governo é ver a obra do linhão saindo do papel.
“Em março, a Venezuela cortou a transferência de energia para Roraima. Mas fomos batalhando passo a passo com todos os ministros. Dá uma satisfação, uma alegria. Se eu queria ter uma recompensa pela minha passagem no governo, era ver essa obra viabilizada, e hoje é meu o dia mais feliz dentro do Ministério de Minas e Energia”.
O prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique Machado, destacou que a obra é um passo a mais em busca da segurança energética em Roraima. “A construção do linhão será um grande divisor de águas, um marco histórico para o nosso estado”, finalizou.
O Linhão de Tucuruí obteve a autorização para o início das obras pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). A linha foi leiloada há 10 anos e aguardava uma resolução do órgão ambiental por atravessar um território indígena.