Organização criminosa desarticulada pela Corpatri mirava apenas em picapes L200 de alto custo que circulavam pelas asas Sul e Norte
Dois integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de caminhonetes de luxo foram presos pela Polícia Civil do DF (PCDF), nesta terça-feira (12/05). A ação da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumpriu os mandados de prisão preventiva contra os dois suspeitos que haviam furtado sete veículos apenas na região do Plano Piloto.
O bando ao qual os dois pertenciam já havia sido desarticulado pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículo (DRRFV) em dezembro de 2018.
O grupo era especializado em furtar picapes L200, geralmente receptadas por outros criminosos, clonadas e revendidas para serem usadas em fazendas em Goiás e na Bahia. Até ser desmantelada, a quadrilha furtou, pelo menos , 37 caminhonetes, sempre nas asas Sul e Norte (veja vídeo abaixo).
“Os furtos praticados pelos autores denotavam expertise, visto que eram cometidos com trocas de centrais e uso de computadores. Um deles tinha uma deficiência física na perna, decorrente de um acidente que encurtou 0 membro. Porém, mesmo com essa limitação física, não deixou de praticar os crimes”, disse o delegado Bruno Ehndo.
Um dos presos havia sido indiciado em 24 inquéritos policiais, a maioria pela prática de crimes contra o patrimônio como furto e receptação e também pela prática do crime de adulteração de sinais identificadores de veículo automotor.
O segundo preso também possui extensa folha de antecedentes criminais, tendo registros no Distrito Federal pelos crimes de furto, receptação e organização criminosa – todos esses crimes vinculados a veículos. Ambos os investigados foram indiciados por furto qualificado, com pena de três a oito anos de reclusão.
Modus operandi
De acordo com as diligências policiais, a quadrilha mantinha uma rotina de atuação para conseguir furtar as caminhonetes desejadas. Integrantes da organização criminosa costumavam seguir para o Plano Piloto e rodar até encontrarem os veículos preferidos.
Após localizarem os carros, os ladrões arrombavam as caminhonetes e, usando centrais (equipamentos que facilitam a ligação direta), com exceção das L200, conseguiam acionar o motor e fugir com os veículos.
“Após os furtos, deixavam os carros em quadras próximas, onde ficavam por até 48 horas esfriando, garantindo, assim, que não seriam rastreados. Então, eles voltavam e resgatavam os veículos”, explicou o delegado Bruno Ehndo.