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Arrecadação de impostos no país sobe 1,3% e tem melhor abril desde 2014

Segundo a Receita Federal, foram R$ 139 bi no período, impulsionados pela receita com royalties do petróleo; desonerações fiscais somaram R$ 7,9 bi

Fachada da Receita Federal em Mauá, São Paulo; arrecadação federal somou R$ 139 bilhões em abril, maior valor para o mês desde 2014 (Ricardo Trida/Diário do Grande A/VEJA)

 

A arrecadação de impostose contribuições federais teve crescimento real (descontada a inflação) de 1,3% em abril e somou 139 bilhões de reais, o maior valor para o mês desde 2014, quando a receita foi de 140,5 bilhões de reais, segundo a Receita Federal. O aumento foi impulsionado pela receita com royalties do petróleo. Em relação a março deste ano, houve aumento de 25,8%. Já no acumulado do ano, foram 524,3 bilhões de reais arrecadados, também o melhor desempenho para os quatro primeiros meses do ano desde 2014.

A receita administrada por outros órgãos, que é fundamentalmente puxada pela arrecadação com royalties do petróleo, teve alta de 24,8% em abril na comparação com o mesmo mês de 2018, já descontada a inflação, para 11,030 bilhões de reais. Em 2019, essas receitas somam até o momento 25,2 bilhões de reais, crescimento de 21,1%.

Segundo a Receita Federal, as desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de 32 bilhões de reais entre janeiro e abril deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em 27,6 bilhões de reais.

Apenas no mês de abril, as desonerações totalizaram 7,9 bilhões de reais, também acima do mesmo período do ano anterior (6,9 bilhões de reais). Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais 684 milhões de reais em abril e cerca de 2,9 bilhões de reais no acumulado do ano.

Na quarta-feira, 22, a equipe econômica do governo informou em seu relatório bimestral de receitas e despesas que diminuiu em 5,460 bilhões a estimativa de receitas administradas pela Receita Federal para 2019, na esteira de uma revisão para baixo da expansão esperada para o Produto Interno Bruto (PIB).

Agora, o governo vê um avanço de 1,6% na atividade neste ano, em comparação aos 2,2% projetados antes. Já o mercado prevê uma alta de apenas 1,24%, conforme Boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central. Mesmo assim, membros da equipe econômica reiteraram que seguem confiantes no cumprimento da meta de déficit primário de 139 bilhões de reais para o governo central, destacando que não há discussões em curso para alteração do alvo fiscal.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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