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Argentina pode ceder terrenos a credores para reestruturar dívida

O país enfrenta um impasse com seus credores depois de eles terem rejeitado proposta nesta semana para a dívida de 65 bilhões de dólares

Argentina: país está disposto a ouvir contraproposta desde que não aumente o fluxo de dinheiro na transação (Agustin Marcarian/Reuters)

A Argentina pode ceder terreno a credores em relação a termos legais uma vez que busca fechar um acordo para reestruturar cerca de 65 bilhões de dólares em dívida externa, mas o governo não elevará a oferta de fluxo de dinheiro, disseram duas fontes à Reuters.

O país enfrenta um impasse com os detentores de títulos depois que os grupos de credores juntaram forças para rejeitar a proposta do governo esta semana e apresentar uma própria. O governo tem dito repetidamente que não pode oferecer mais.

Entretanto, duas fontes próximas às negociações disseram que o governo pode estar disposto a ceder em algumas das exigências na contraproposta desde que ela não envolva o aumento do fluxo de dinheiro em qualquer acordo final.

O Ministério da Economia da Argentina se recusou a comentar.

“A Argentina poderia estar disposta a identificar quais são os pontos chaves nas cláusulas legais que criam tensão e ruído dentro da comunidade de investidores”, disse uma fonte próxima das conversas que pediu para não ser identificada porque as negociações são privadas.

A fonte disse ainda que estão sendo realizadas discussões para ver quais concessões podem ser feitas e disse que pode haver espaço para “mudar” a proposta argentina existente para aumentar o valor atual líquido sem por mais dinheiro.

“Assim acredito que pode haver flexibilidade, mas não no fluxo de caixa real”, disse.]

Uma fonte próxima das conversas e com conhecimento do pensamento do governo disse que a proposta apresentada pelo país foi a última em relação aos termos econômicos, embora tenha acrescentado que pode haver alguma margem de manobra sobre cláusulas legais.

“Em termos legais, a Argentina pode fazer modificações se surgir o consenso de que as cláusulas existentes são de alguma maneira defeituosas”, disse a fonte. “Não haverá mudanças no VPN (valor presente líquido”, explicou.

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