Além de não agredir a natureza (nem a saúde), o produto ainda ajuda a repensar nossa relação com o corpo. Marcela Rodrigues compartilha sua receita
Crescemos acreditando que o suor é o responsável pelo odor nas axilas. Enquanto, na verdade, ele faz parte de uma função importante para o corpo: liberar toxinas. Hoje, a maioria dos desodorantes convencionais é também antitranspirante, já reparou?
E sobre o odor, bom, funciona assim: quando uma região do nosso corpo fica favorável para o crescimento de bactérias (oi, axilas!) o cheiro muda. O óleo de coco, os óleos essenciais e o bicarbonato – protagonistas da fórmula de desodorante que ensino a seguir – formam um time poderoso contra os micro-organismos.
Lembrando que não é porque é natural que não pode dar reações ou alergias. Use e observe se o bicarbonato vai deixar sua pele ressecada. Se for o caso, diminua a quantidade ou mesmo remova-o da fórmula – e, em caso de dúvida, consulte um dermatologista.
Aproveite também para começar a observar as reações do seu corpo. É comum que o nosso cheiro fique mais forte dependendo de alguns fatores, como alimentação, stress e uso de certos remédios. O desodorante natural (seja o feito em casa, seja os de marcas conscientes) é um convite à
autopercepção. Vamos lá?
Receita de desodorante natural e vegano em creme
A fórmula a seguir é livre de aromas sintéticos, parabenos e outras químicas nocivas à saúde.
Ingredientes:
- 1 frasco de 40 ml
- 40 ml de óleo de coco ou palmiste
- 5 gotas de óleo essencial de melaleuca
- 8 gotas de óleo essencial de lavanda
- 1 colher (café) de bicarbonato de sódio
- 2 colheres (café) de farinha de araruta ou amido de mandioca
Modo de preparo:
Derreta o óleo de coco ou palmiste em banho-maria. Coloque dentro do potinho escolhido para o desodorante. Adicione a farinha de aratura e o bicarbonato. Mexa bem, até a mistura ficar homogênea. Pingue os óleos essenciais, tampe e agite o frasco por cerca de 30 segundos. Deixe o potinho descansar, ainda fechado, por alguns minutos, em uma superfície lisa.
Como usar:
Aplique com os dedos (certifique-se de estar com as mãos limpas) e guarde o potinho longe do calor e da luz. Reaplique quando sentir necessidade.
A dermato aprova!
“A mistura de óleo de coco com esses óleos essenciais é ótima para odores não só das axilas, mas também para controlar o chulé”, diz a dermatologista Patricia Silveira, do Rio de Janeiro. O tea tree, também conhecido com melaleuca, é tão poderoso que a dermatologista indica duas gotas direto na axila para pacientes com bromidrose, que provoca um cheiro mais forte. “Uma vez por semana, sempre observando qualquer reação, ajuda a controlar o odor intenso”, diz.
Validade:
Fique de olho na data de validade dos ingredientes usados para a sua fórmula. E observe qualquer alteração de cheiro ou coloração. Já a textura pode mudar com o calor – no frio, ele fica mais cremoso e, no calor, bem líquido.