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Após tiroteio, moradores de Águas Claras temem novos casos de violência

Cidade foi palco de tiroteio entre policiais e traficantes em região de grande circulação de pessoas. Moradores e comerciantes pedem ações para conter os bandidos. Secretaria de Segurança informa que a criminalidade diminuiu

“A gente fica assustado. Não existe mais nenhum lugar seguro”, José Oliveira, trabalha com conserto de panelas
(foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press)
Os recentes acontecimentos em Águas Claras deixam os moradores e comerciantes do local assustados. Na última quarta-feira, um tiroteio entre policiais e traficantes provocou medo e pânico numa área movimentada da cidade. Depois do episódio, a sensação de insegurança foi o assunto do dia na cidade. José Oliveira Santos, de 71 anos, trabalha com conserto de panelas na Rua 14 Sul — onde aconteceu a perseguição policial. Ele estava presente no momento do ocorrido. “A gente fica assustado. Tem apenas um mês e meio que trabalho aqui, mas o brasileiro, no geral, está sem segurança. Não existe mais nenhum lugar seguro”, conta. O último tiroteio, na tarde da última quarta-feira, foi, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) uma ação contra traficantes de drogas.
Gleicione Ferreira, de 30 anos, é comerciante e reclama da falta de segurança. “A gente sai de casa para trabalhar com medo, mas não podemos parar. Todo dia tem uma notícia diferente sobre violência. Com frequência acontecem roubos de carros e de pedestres aqui. Falta policiamento”, diz.

Por outro lado, o vigilante Luiz Carlos de Oliveira, 51, morador e comerciante de Águas Claras, não acredita que a violência seja um problema tão grave na cidade. “A segurança existe, sim. Moro aqui há 12 anos e considero uma boa cidade para se morar. Sou vigilante e trabalho de noite em várias cidades do DF. Por aqui, nunca tive problema. São casos isolados”, afirma.
No momento do tiroteio, o comércio estava movimentado. O posto policial que existe na rua, e poderia ajudar na resolução do caso, se transformou em um posto de vacinação. O professor James Duílio, de 50 anos, trabalha em frente ao local do acontecimento e acredita que a violência está crescendo em todo o Distrito Federal. “A população está se sentindo insegura, a cidade está muito violenta. Precisamos de mais segurança”, destaca.

Redução de crimes

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa, por meio de nota, que monitora prioritariamente os seis principais crimes contra o patrimônio (CCP). Fazem parte dos CCPs os roubos em veículo, a transeunte, a comércio, a residência, em transporte coletivo e o furto em veículo.

“Em Águas Claras, nos primeiros seis meses deste ano, os CCPs marcaram queda de 19,3% no comparativo de 2019/2018.  No furto em veículo, por exemplo, houve redução de 21,9% no primeiro semestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. Já o roubo a transeunte apresentou queda de 17,4% no comparativo 2019/2018, entre os seis primeiros meses na região”.

A PMDF esclarece que realiza patrulhamento de forma constante em Água Claras, com o emprego de viaturas, motocicletas e o apoio de unidades especializadas, como Rotam, Patamo e BPCães.
A Polícia Civil destaca, em nota, que “tem participado constantemente de operações com o intuito de retirar de circulação os criminosos que insistem em agir nesta região administrativa.”
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